As redes sociais como o Facebook e o Twitter foram usadas para disseminar fake news e desinformação com o objetivo de influenciar os eleitores nos resultados eleitorais das presidenciais dos EUA de 2016. Como resultado, as tecnológicas têm vindo a desenvolver técnicas e ferramentas para erradicar as contas falsas, de spam, bem como as que incentivam ao ódio e terrorismo.

No entanto, um relatório divulgado pela organização sem fins lucrativos, Knight Foundation, revela que o Twitter parece não estar a fazer um bom trabalho nesse sentido.

O Twitter está 10 vezes mais eficiente no combate ao abuso na rede social
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Depois de ter examinado mais de 10 milhões de tweets de 700 mil contas encontradas em mais de 600 sites associados a teorias de desinformação e conspiração, o estudo mostra que mais de 80% das contas que repetidamente espalharam informações erradas durante a campanha eleitoral de 2016 ainda estão ativas. E juntas ainda publicam mais de um milhão de tweets por dia.

O relatório revela ainda a existência de um ecossistema concentrado de notícias falsas, tendo sido encontrados mais de 6,6 milhões de tweets ligados diretamente a notícias falsas durante o mês anterior à eleição de 2016.

O problema persistiu no rescaldo da eleição com outros quatro milhões de tweets a divulgar fake news seis meses após a eleição que determinou Donald Trump como vencedor. Embora o número tenha diminuído, permanece acima do que seria esperado.

O vice-presidente do departamento de segurança da rede social, Del Harvey, já contestou os resultados, afirmando que os dados foram acedidos através da interface de acesso público do Twitter, não levando em “consideração nenhuma das ações que tomamos para remover conteúdos automáticos ou com spam”.

"Fazemos isso de maneira proativa e em escala, todos os dias", disse o responsável, acrescentando que, sendo "um serviço exclusivamente aberto, o Twitter é uma fonte vital de antídoto em tempo real para as falsidades do dia-a-dia”.

Del Harvey afirmou ainda que a tecnológica trabalha "diligentemente para garantir que estamos a mostrar o contexto das pessoas e uma gama diversificada de perspectivas enquanto elas se envolvem em debates cívicos sobre o nosso serviço".

Em julho, o Twitter anunciou que estava a remover contas suspeitas como parte do seu "esforço contínuo e global para criar confiança e encorajar uma conversa saudável no Twitter".

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