Cinco comissários vão-se reunir hoje, terça-feira, com representantes das plataformas online para discutir o progresso dos esforços exigidos a estas empresas, na sua maioria com sede nos Estados Unidos, na abordagem da disseminação de conteúdos ilegais online.
Andrus Ansip, vice-presidente da Comissão Europeia, afirmou, em comunicado, que "a propaganda terrorista e o conteúdo que incite a violência e o ódio online é uma séria ameaça à segurança, segurança e direitos fundamentais”, pelo que deverá haver “uma resposta coletiva” de todos os intervenientes.
E, apesar do aumento significativo das medidas para remover conteúdos violentos e extremistas rapidamente e destas começarem a ter resultado, a Comissão defende que “devem ser feitos mais esforços e progressos”.
Para isso, conta com a intensificação dos esforços por parte de gigantes tecnológicas como Facebook, Google, Twitter e Microsoft para enfrentar as ameaças online de uma forma mais rápida e abrangente e, caso seja necessário, irá “propor legislação para complementar o quadro regulamentar existente ".
A cibersegurança tem sido um tema amplamente discutido em virtude da proliferação de ataques informáticos, como o WannaCry ou o NotPetya, e de incidentes como o da Equifax, que expôs dados pessoais de 145,5 milhões de utilizadores.
Desde então, têm sido várias as ferramentas criadas, quer pela Comissão Europeia, quer pelas gigantes tecnológicas para reforçar o combate ao cibercrime.
Também foram criadas medidas conjuntas, como o Fórum Internet, para combater a propaganda online pró-terrorismo, e um código de conduta onde foram alinhados um conjunto de compromissos para evitar a disseminação dos discursos de ódio online.
Não obstante os resultados encorajadores revelados em junho do ano passado, com mais de metade dos posts (59%) a serem removidos das redes sociais e de forma mais rápida, a Comissão Europeia defende que ainda há muito a fazer.
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