Em 2019, a Google anunciou a intenção de adquirir a empresa de wearables Fitbit por 2,1 mil milhões de dólares e o negócio estava previsto para ser fechado em 2020, mas, para isso, necessita de passar pelo escrutínio das entidades reguladoras. Agora, a Comissão Europeia (CE) definiu o dia 20 de julho como a data limite para anunciar a sua decisão sobre o assunto, ou seja, se aprova esta aquisição com ou sem concessões.
Um documento no site da Comissão revela que a Google enviou o pedido de aprovação à União Europeia esta semana. Caso os reguladores não concordarem em aprovar a fusão, a decisão irá desencadear uma investigação de quatro meses pela Comissão Europeia sobre o acordo.
Uma aquisição que levanta questões de privacidade na Europa e nos EUA
A verdade é que esta aquisição não está a ser vista com bons olhos pelos reguladores um pouco por todo o mundo. Em fevereiro, o Comité Europeu para a Proteção de Dados alertava para os riscos da compra da Fitbit pela Google, sublinhando que a recolha e tratamento de informações sensíveis pela empresa liderada por Sundar Pichai é incompatível com o "direito fundamental à privacidade".
Mais recentemente, os Estados Unidos da América aumentaram o escrutínio à proposta de 2,1 mil milhões de dólares da Google para comprar a Fitbit. Em questão está a forma como as empresas fazem uso dos dados pessoais recolhidos. A oficialização da compra daria à Google acesso à base de dados de utilizadores de 28 milhões de utilizadores da Fitbit. Embora a gigante tecnológica afirme que apenas os utilizará para fins legítimos, muitas questões ainda intrigam o Departamento de Justiça norte-americano.
Em outubro, a gigante tecnológica fazia, desde logo, referência a questões relacionadas com a privacidade. "Os dados de saúde e bem-estar da Fitbit não vão ser utilizados para segmentar anúncios da Google", explicou em comunicado.
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