Um novo conjunto de documentos internos da Huawei poderá aumentar ainda mais o clima de tensão entre a fabricante e o Governo de Donald Trump. Os registos comerciais demonstram que, em 2010, a Huawei terá vendido ilegalmente ao Irão mais de 10 milhões de dólares em equipamentos eletrónicos e produtos informáticos norte-americanos ao Irão, violando as sanções impostas pelos Estados Unidos.
Os registos comerciais demonstram que a Huawei disponibilizou servidores e equipamentos da HP a uma das maiores operadoras de telecomunicações iraniana. Em questão está também a venda de software de empresas como a Microsoft e a Symantec. Para tentar não levantar suspeitas, os produtos terão sido fornecidos pela Panda International Information Technology Co., uma empresa controlada pelo Estado chinês e com fortes ligações à Huawei.
Um porta-voz da Huawei declarou que, de momento, a empresa não pode fazer qualquer tipo de comentário em relação à situação “devido aos atuais processos judiciais”. No entanto, a fabricante sublinha o seu “compromisso com todas as leis e regulações dos países em que opera”, incluindo as sanções impostas, por exemplo, pelos Estados Unidos.
Os documentos obtidos pela Reuters vêm reforçar as mais recentes acusações feitas pelos Estados Unidos. No processo apresentado pelo Departamento de Justiça norte-americano, a Huawei é acusada de roubar segredos comerciais, como código fonte e tecnologia de robótica, de seis empresas norte americanas. As acusações incluem ainda assistência ao governo do Irão em sistemas de vigilância interna e negócios com a Coreia do Norte.
Ao todo, a Huawei e a sua CFO enfrentam agora 16 acusações de conspiração e extorsão, referindo-se que a empresa chinesa tinha um programa de recompensas para os seus funcionários que obtinham informações confidenciais de seus concorrentes.
As acusações abrangem ainda quatro subsidiárias oficiais da Huawei e outras referidas como não oficiais, assim como a CFO da empresa, Meng Wanzhou, filha do fundador Ren Zhengfei. Estão nesta lista a Huawei Device Co. Ltd. (Huawei Device), Huawei Device USA Inc. (Huawei USA), Futurewei Technologies Inc. (Futurewei) e a Skycom Tech Co. Ltd. (Skycom). Alegadamente s práticas estendem-se a mais de uma década.
A saga entre a Huawei e os Estados Unidos já fez correr muita tinta e, ao que tudo indica, está longe de terminar. A empresa está na “lista negra” do Governo de Donald Trump desde maio de 2019, embora as suspeitas em relação à sua atuação existam desde 2011. Deste então, vindo a ser feitos adiamentos a um bloqueio efetivo, sendo que a última moratória terminaria a 18 de fevereiro.
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