Os novos projetos agora aprovados juntam-se aos 6 laboratórios colaborativos já existentes e fazem crescer para 20 o número de projetos de investigação desenvolvidos numa parceria entre empresas, autarquias e instituições de ensino superior. Segundo o jornal Público, as instituições têm garantidos 50 milhões de euros de financiamento público nos próximos cinco anos, mas o valor final do investimento será o triplo deste por via do investimento privado e de fundos comunitários.
O número de projetos está bastante acima do que era esperado, e também conta com grande diversidade territorial. Na primeira vaga de laboratórios já se encontravam projetos de base regional como o Vines&Wines – Agricultura de precisão no vinho e na vinha do Douro, com sede em Vila Real, o MORE – Investigação e Culturas de montanha em Trás-os-Montes, em Bragança, e o GreenCoLAB, sobre processamento de algas no Algarve.
Mas na lista também constam outros de âmbito nacional, como o DTx, centrado na transformação digital na indústria que é liderado pela Universidade do Minho e tem como parceiros, entre outros, a Universidade de Évora e o Instituto Ibérico de Nanotecnologia e as empresas Bosch, Embraer ou IKEA, e o Atlantic, um projecto que aposta na interacção entre espaço, oceano e clima para o Atlântico, com sede em Peniche e vários pólos no país, envolvendo o Instituto Superior Técnico e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera ou a EDP.
Nos novos 14 projetos aprovados a maioria são de âmbito nacional, num total de nove. Entre eles está o CemLAB: Tecnologias sustentáveis de cimentos para a construção, que é liderado pela Associação Técnica da Industria de Cimento. Este será o maior dos laboratórios colaborativos que vão ser apoiados pela FCT, com um financiamento de 7,4 milhões de euros e a garantia de criação de 100 postos de trabalho.
Entre os projectos de âmbito regional contam-se o SMART FARM COLAB - Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura, liderado pela Câmara de Torres Vedras ou o InovPLant, Soluções inovadores de base biológica para a protecção de culturas e plantas, proposto pela Universidade Nova de Lisboa, mas com sede em Elvas.
O financiamento garantido para os 20 laboratórios é de 10 milhões de euros por ano, durante os próximos cinco anos. Os laboratórios têm que garantir os outros dois terços das verbas necessárias a cumprir o seu plano de negócios, sendo que um terço tem que vir obrigatoriamente das empresa e o restante ser angariado em concursos competitivos, como os que são financiados por fundos comunitários, por exemplo.
Esta é uma lógica de partilha de risco com o sector privado que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior quis implementar, mas que tem reflexos positivos na criação de emprego científico e qualificado, criando mais de 780 postos de trabalho, com a entrada de 16 a 100 investigadores por projeto.
Nota da redação: foi feita uma correção no nome do laboratório liderado pela Câmara Municipal de Torres Vedras.
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