A Meta, casa-mãe do Facebook, volta a enfrentar o escrutínio da Federal Trade Commission (FTC) e de múltiplos Estados norte-americanos, e, desta vez, é a sua divisão de realidade virtual que está em causa.

De acordo com fontes a que a Bloomberg teve acesso, a FTC, assim como um conjunto de Estados, têm vindo a questionar developers de aplicações terceiras para hedsets Oculus ao longo dos últimos meses. O objetivo é verificar se a empresa está a usar a sua posição dominante para esmagar a concorrência.

Em questão está ainda a forma como a loja de aplicações Oculus poderá estar a discriminar contra empresas terceiras que competem com o software da Meta. Ao que tudo indica, os investigadores também querem saber mais pormenores acerca da estratégia da empresa liderada por Mark Zuckerberg para os headsets de realidade virtual e se os preços dos mesmos estarão a colocar em causa a concorrência.

Anteriormente, programadores de aplicações terceiras terão se queixado de que a Meta está a usar o seu poder para eliminar empresas que oferecem jogos ou serviços “rivais”, alegando mesmo que a gigante tecnológica copia as ideias que considera mais promissoras.

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Recorde-se que, depois da Justiça norte-americana ter dado razão ao Facebook, em junho de 2021, impedindo a venda do Instagram e WhatsApp, FTC voltou “à carga” em agosto desse ano, voltando a apresentar a sua queixa contra a empresa. Meses depois, o tribunal que apreciou o caso decidiu a favor da FTC.

De acordo com a decisão, a FTC pode agora avançar com o seu processo antitrust contra a Meta, podendo força-la a vender o Instagram e WhatsApp. Em agosto, a FTC tinha acusado a empresa de adquirir o ambas as plataformas, outrora suas “rivais”, de forma ilegal de modo a manter o seu monopólio.

O processo antitrust contra as práticas da Meta poderá avançar, mas a FTC terá de voltar a apresentar mais provas para poder obrigar a empresa a vender as plataformas.