A fase principal do leilão do 5G, onde participam operadoras como a MEO, a NOS e a Vodafone, avança para o sexto dia de licitações para a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz.
Hoje tiveram lugar seis rondas e a Anacom indica que as melhores propostas atingiram hoje os 196,23 milhões de euros. Porém, recorde-se que, podem ser mais elevadas se os valores divulgados se aplicarem aos vários lotes disponíveis nas faixas de 700 e 900 MHz, o que, para já, não é possível perceber pelos dados disponibilizados. À semelhança do dia anterior, há apenas um lote para o qual não foram apresentadas ofertas.
Na faixa dos 2,1 GHz, onde existem dois lotes de 5 MHz cada disponíveis, em vez do valor definido de 2 milhões de euros, as melhores licitações chegaram no terceiro dia aos 10,4 milhões de euros, um valor que ainda se mantém até hoje.
Na faixa de 2,6 GHz, os três lotes disponíveis passam agora a contar com um valor acima do preço de reserva de 3 milhões de euros, com 4,37, 4,41 e 4,36 milhões. Os três lotes perfazem uma oferta de 13,15 milhões de euros.
Na faixa dos 700 MHz, o preço de licitação manteve-se novamente nos 19,2 milhões de euros, com um dos lotes a não receber qualquer oferta e com as ofertas totalizam os 96 milhões de euros. Já na dos 900 MHz, os quatro lotes a leilão não registaram alteração do preço de reserva, totalizando 24 milhões de euros. Nos 40 lotes da faixa de 3,6 GHz existem, por um lado, ofertas que não registam variações face aos preços de reserva e, por outro, propostas que apresentam uma ligeira subida.
Na primeira fase reservada novos entrantes as licitações a prolongaram-se por 8 dias, atingindo os 84 milhões de euros. Ainda não se sabe quem foram os operadores que participaram nesta fase, nem que lotes licitaram.
Depois a fase de licitação geral segue-se a consignação, com a localização geográfica dos lotes ganhos, e a atribuição dos direitos de utilização das licenças. O calendário atualizado para o leilão do 5G estipula que os procedimentos devem concluídos durante o primeiro trimestre de 2021.
De acordo com o mais recente Observatório Europeu para o 5G, com dados relativos aos últimos três meses de 2020, Portugal faz parte da lista dos países onde a implementação das redes móveis de quinta geração está mais atrasada, à semelhança do Chipre, Lituânia e Malta, considerando ainda que a pandemia de COVID-19 também teve um impacto no processo.
O relatório destaca ainda que que 23 dos 27 membros da União Europeia já lançaram serviços comerciais de redes móveis de quinta geração, um aumento significativo em relação ao final de 2019, onde apenas 10 países constavam da lista.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 19h05)
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