
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lidera um projeto europeu que recorre a drones e ao programa de satélites Copernicus para deteção remota de pragas florestais. De acordo com a FCTUC, numa nota enviada à imprensa, os primeiros resultados do projeto que combina o uso de imagens obtidas pelos dois meios “é eficaz na deteção precoce de pragas florestais, especialmente do nemátode da madeira do pinheiro”.
O projeto, com o nome FOCUS (Forest Operational monitoring using Copernicus and UAV hyperSpectral data), contou com um financiamento de 1,9 milhões de euros da União Europeia, através do programa Horizonte 2020. Envolvendo equipas dos departamentos de Ciências da Terra, Ciências da Vida e Engenharia Civil da FCTUC, centra-se no desenvolvimento de “métodos inovadores para a deteção e monitorização remota, através de satélites e veículos aéreos não tripulados”, de pragas e doenças florestais.
O objetivo final do projeto, iniciado há um ano, é contribuir para “um serviço operacional e acessível que monitorize todo o território florestal e faça chegar informação aos utilizadores finais, que também participam neste projeto”, refere Vasco Mantas, investigador do Departamento de Ciências da Terra da FCTUC e coordenador do estudo.
De acordo com Vasco Mantas, “num território florestal de grandes dimensões, é extremamente difícil e dispendioso detetar a presença de árvores doentes através dos métodos tradicionais”, pelo que se pretende, com estes sistemas, “detetar as árvores infetadas que estão nesses contextos mais complexos, de forma detalhada, para permitir que os utilizadores da floresta possam ir aos locais corretos efetuar as ações de remoção evitando que o problema se alastre”.
Entre os participantes no projeto, contam-se “associações de produtores florestais, centros de investigação ligados à floresta, como é o caso do SerQ, e indústrias do setor”, além de parceiros da Noruega (S&T) e da Bélgica (VITO).
A FCTUC refere ainda que o projeto terá também como objetivo, através dos estudos de campo, identificar árvores que aparentem ser tolerantes a pragas para que sejam estudadas e, eventualmente, possam servir de base ao repovoamento de zonas afetadas.
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