A Índia é um dos países com as tarifas de dados móveis mais baixas, mas três operadoras de telecomunicações do país que dominam 90% do mercado estão a aumentar os tarifários de telecomunicações até 42%. Apesar da percentagem ser elevada, o valor financeiro é pequena, sobretudo do ponto de vista ocidental. Em 2018 a média de pagamento por um 1 GB era de 0,26 dólares, enquanto em Portugal, por exemplo, o valor se fixava nos 13,98 dólares.
De acordo com o TechCrunch, os novos planos pré pagos, a forma de pagamento dominante na Índia, começam nos 26 centavos nos planos diários e chegam a 33,4 dólares no caso das subscrições anuais, o que significa um aumento de 42% em relação às ofertas anteriores. As tarifas começaram a entrar em vigor esta terça-feira.
Os valores aplicados nos tarifários da Bharti Airtel são semelhantes, como se pode ver na tabela abaixo.
Reliance Jio, que lidera o mercado indiano com mais de 350 milhões de subscritores, anunciou este fim de semana que também iria introduzir novos planos, com valores a aumentarem 40% e que deverão entrar em vigor esta sexta-feira. Citada pelo site, a empresa garante que a decisão tem como objetivo "fortalecer o setor das telecomunicações" e "manter o consumidor no centro das decisões".
A mudança no mercado indiano começou em 2016 quando Mukesh Ambani lançou uma rede de telecomunicações que veio desafiar a concorrência ao oferecer chamadas de voz ilimitadas e grande parte dos dados móveis 4G com preços bastante mais baixos em relação aqueles que se encontravam no mercado. A Reliance Jio fez assim com que as outras duas operadoras baixassem de forma drástica as suas tarifas, de modo a conseguirem competir com as soluções apresentadas pela nova empresa.
Esta decisão teve efeitos negativos nas contas das outras duas operadoras. No terceiro semestre a Vodafone Idea registou prejuízos de 7,14 mil milhões de dólares, enquanto a Bharti Airtel de 3,23 mil milhões.
Este anúncio surge numa altura em que a Índia, juntamente com a China, lidera o “comboio tecnológico” no que toca ao investimento e implementação de tecnologias transformadoras. O estudo centrou-se nas perceções de mais de 600 executivos de alto nível de organizações de seis países (China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos) em relação a tecnologias como Inteligência Artificial, Blockchain, Enterprise Resource Planning (ERP), Internet of Things (IoT) e Robotic Process Automation (RPA).
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