A fase principal do leilão 5G, que definirá a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, avançou para o seu 77º dia. Nas seis rondas de hoje, as licitações alcançaram os 292,894 milhões de euros. O valor representa uma subida de 852 mil euros em relação ao dia anterior.
Os mais recentes dados da Anacom permitem verificar que o interesse das operadoras se centrou novamente na faixa dos 3,6 GHz onde a maioria dos lotes já vale mais de 4 milhões de euros. A tendência promete manter-se até que a entidade reguladora altere as regras do leilão, uma proposta que foi recebida negativamente tanto pela Altice Portugal, como a NOS e a Vodafone.
Nesta faixa nativa do 5G é possível constatar aumentos em relação às propostas de 16 dos 40 lotes disponíveis, se bem que com pequenas subidas face ao dia anterior. Já em relação ao preço de reserva há subidas a rondar no máximo os 250%, como é o caso do lote J14, cujo valor já ultrapassou a valorização registada nos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz, que se mantêm “parados” desde o 36º dia da fase principal.
Recorde-se que, até agora, a única faixa que mais valorizou ao longo do processo foi a dos 2,1 GHz, cujo preço subiu mais de 400% face ao valor de reserva. O preço de licitação da faixa de 700 MHz continua nos 19,2 milhões de euros, com um dos lotes a não receber qualquer oferta. O mesmo se pode observar na faixa de 900 MHz, onde os quatro lotes a leilão não registaram qualquer alteração face ao preço de reserva.
A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, já é superior a 377 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões e o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011.
Apesar do atraso no lançamento de serviços comerciais 5G, operadoras como a MEO, NOS e Vodafone dizem estar prontas a avançar e já têm campanhas na rua e projetos de cobertura de recintos culturais e desportivos com redes móveis de quinta geração.
No final do mês passado, um estudo da Boston Consulting Group (BCG) deu a conhecer que o investimento na implementação de redes móveis de quinta geração em Portugal deverá ascender 2,3 mil milhões de euros até 2027. Em termos de criação de empregos em Portugal, as previsões são de 127 mil.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h12)
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