A fase principal do leilão do 5G continua aproximando-se cada vez mais da marca dos 100 dias. Hoje, nas sete rondas do 97º dia, as licitações das operadoras atingiram os 316,777 milhões de euros, numa subida de 942 mil euros face ao dia anterior.

Através dos dados disponibilizados pela Anacom é possível verificar que, seguindo a tendência dos últimos meses, a faixa dos 3,6 GHz, onde 18 lotes já ultrapassaram os 5 milhões de euros, é a única a registar mudanças.

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Nesta faixa nativa do 5G registam-se hoje subidas relativas às propostas de 17 dos 40 lotes disponíveis. Em relação ao preço de reserva há uma dinâmica de crescimento que leva a aumentos a rondar no máximo os 325%, superando a valorização registada nos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz, que estão “parados” desde o 23º e 22º dia, respetivamente.

Recorde-se que, até agora, a faixa dos 2,1 GHz, que não regista mudanças desde o 7º dia de licitações, é a que mais aumentou de preço, valorizando mais de 400%. Os preços de licitação dos lotes das faixas dos 700 e 900 MHz também se mantêm nos 19,2 e 6 milhões de euros desde o início da fase principal e na faixa que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT um dos lotes ainda não recebeu ofertas.

Ao todo, a soma de ambas as fases do leilão resulta já num encaixe que ultrapassa os 401 milhões de euros, superando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões de euros, assim como o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011, que se situou nos 372 milhões de euros.

À medida que o leilão se prolonga além do esperado, tendo levado a Anacom a apresentar em abril uma proposta de alteração das regras para acelerar o processo, Portugal continua a ser um dos países da União Europeia sem serviços comerciais de 5G. Porém, operadoras como a MEO, NOS e Vodafone afirmam que estão prontas a avançar e já têm campanhas na rua, além de projetos relacionados com redes móveis de quinta geração.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h39)