Os portugueses estão entre os maiores fãs na Europa de serviços em pacote, sobretudo de pacotes com três ou mais serviços integrados. A última edição do Eurobarómetro mostra que 89% das famílias em Portugal usam serviços de comunicações em bundle, uma percentagem que só é ultrapassada pelas da Holanda e Eslovénia. Em média, só 65% dos europeus preferem pacotes de serviços. Por cá, a percentagem é bem mais elevada, com destaque para as ofertas que combinam televisão, internet fixa e telemóvel - o estudo também avaliou bundles com serviços de streaming, por exemplo.
Portugal é também um dos países com maior número de utilizadores a afirmarem que já trocaram de operador de serviços em pacote (75%), mas só 15% o fizeram no último ano, pelo que se conclui que o impacto da pandemia neste indicador não é relevante. Em média, na UE, 59% dos utilizadores já mudaram de operador, seja no ano que passou ou nos anteriores. Estamos ainda entre os países onde a mudança de operador mais resultou em problemas, como falhas temporárias de serviço, durante um ou mais dias, ainda que a taxa seja baixa (17%).
Os dados deste Eurobarómetro especial mostram também que oito em cada 10 residências europeias têm acesso à internet e que a grande maioria dos utilizadores estão satisfeitos com a qualidade da sua ligação. Em média, na UE 81% responderam assim, em Portugal 84% dizem-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a velocidade de download do seu serviço.
Um terço dos europeus continua a considerar o serviço de internet móvel disponibilizado em roaming quando viaja, pior do que aquele que tem no seu país e uma percentagem idêntica continua a desligar os dados quando viaja dentro da Europa.
Mas os portugueses estão entre os que menos desligam o telefone quando viajam pela Europa, apenas 7% o fazem. Em relação aos dados móveis, 90% dos portugueses inquiridos também garantem que não os desligam em viagem pela Europa.
Estamos ainda assim entre os menos informados sobre o corte nas tarifas de roaming, a partir de maio de 2019, ligeiramente abaixo da média da UE mas na 21ª posição da tabela: 61% dos portugueses garantiram que desconheciam esta informação até à data em que responderam ao inquérito.
Segundo os dados, os portugueses estão ainda entre os menos afetados na Europa pelas chamadas e mensagens fraudulentas. O país surge no fundo da tabela, com 93% dos inquiridos a indicar que nunca receberam chamadas deste tipo.
Em destaque também o facto de estarmos entre os europeus que fazem menos comunicações internacionais: 69% dos inquiridos nunca comunicam com alguém fora do país. Na média europeia, este indicador fixa-se nos 53%.
O Eurobarómetro mostra ainda que poucos foram os europeus que mudaram de operador ou tiveram de ajustar os seus pacotes de comunicações com o mesmo operador, durante a pandemia (7%).
A pesquisa foi realizada entre novembro e dezembro do ano passado e entre fevereiro e março deste ano, nos 27 Estados-membros. Responderam 27.213 europeus, desta vez apenas por telefone ou online, uma condicionante da pandemia que a CE admite poder influenciar os resultados.
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