Por Mário Martins (*)

Nestes últimos anos, as organizações abraçaram a transformação digital. O objetivo é criar uma visão da empresa no futuro, preparando a transformação continua dos processos de forma a beneficiar da evolução tecnológica. Em paralelo, começaram a surgir os gestores da transformação digital nas empresas que têm hoje de avaliar tendências como Blockchain, robotização, inteligência artificial, machine learning e, sobretudo, Realidade Aumentada (RA). Só quem acompanha as evoluções tecnológicas poderá preencher estes novos cargos, mas com a atual velocidade destas tecnologias – sobretudo da Realidade Aumentada – manter os conhecimentos tecnológicos atualizados é um desafio.

O impacto que a RA tem no nosso quotidiano revela-se lentamente. O primeiro momento aconteceu há dois anos, onde uma app de Realidade Aumentada quebrou 5 recordes do Guiness e colocou mais de 900 milhões de utilizadores (sim, leu bem) 900 milhões de utilizadores à procura de Pokémon por todo o globo. Ficou claro para todos que o público em geral tem vontade de experimentar soluções de Realidade Aumentada.

O advento dos óculos de Mixed Reality ou Realidade Mista permitiram-nos experimentar realidade aumentada com as mãos livres, o que deu a confiança necessária a diversas empresas nacionais para iniciarem pilotos com esta tecnologia. Áreas como a logística, manutenção industrial, formação profissional, venda imobiliária, turismo estão neste momento em plena transformação em Portugal.

Não há duvida que a influência da Realidade Aumentada vai ser enorme, por tudo aquilo que sabemos e também por aquilo que só conseguimos adivinhar. Por isso, resolvemos convidar especialistas do mercado, parceiros e colegas a discutirem os próximos passos desta evolução no dia 30 de Maio, na sede da Microsoft Portugal. Estou a falar da sexta edição do RALI – Realidade Aumentada em Lisboa.

Curiosamente, o nome do evento dá este ano o mote para o primeiro tema em discussão – de que forma a Realidade Aumentada transforma o espaço das cidades, a nossa relação com o património e com os serviços disponíveis a cada cidadão. Já pensaram como tudo se torna mais fácil com hologramas a guiar-nos pela cidade, a acompanhar-nos nas nossas tarefas?  Não é o futuro, é o presente.

Isto pode inclusivamente ter um impacto nos nossos hábitos de Consumo. Vejam por exemplo as novas montras da Zara, onde desde Abril podemos ver os modelos de roupa a desfilar – sempre com a ajuda de realidade aumentada. É só mais um sintoma de como os shoppings, lojas e pontos de venda se estão a transformar em espaços de experiências e até de entretenimento.

O gaming é igualmente uma área que está em transformação e são poucos a saber que o jogo de Realidade Aumentada de 2017, nomeado pelo media , é nacional! O Puzzlar permite construir réplicas 3D de monumentos mundiais em Realidade Aumentada, sobre uma mesa ou num tamanho mais próximo do real onde quisermos. E está novamente a concurso, desta feita a concorrer diretamente para os Auggie Awards na categoria de gaming!

São todas estas novidades para empresas e utilizadores que vamos explorar no 6º RALI – Realidade Aumentada em Lisboa – queremos vulgarizar o conceito de Realidade Aumentada e passar conhecimento sobre as múltiplas aplicações profissionais que ela permite, para que tenhamos mais e mais futuristas em Portugal. Por isso, o evento é gratuito.

(*) Head of Pre-Sales & Delivery, NextReality