Depois de ter apostado na diferenciação dentro do mercado de Business Intelligence com o conceito de Business Discovery, a QlikTech acaba de introduzir na nova versão do QlikView mais capacidades de colaboração e integração de conceitos de redes sociais.

O QlikView 11 foi desenhado a pensar em novas formas de agilizar os processos de tomada de decisão dentro das empresas, acelerando a chegada ao mercado de novas estratégias e produtos. O software já está disponível para download e pode ser experimentado gratuitamente através deste link.

A propósito deste lançamento, José María Alonso, VP e General Manager da QlikTech Ibérica, explicou ao TeK o conceito de Social Business Discovery e as principais mudanças da nova versão, falando também do posicionamento da empresa no mercado.

TeK: Quais são as principais novidades da nova versão do QlikView e como pode ajudar as empresas a "navegar" na actual situação económica?
José María Alonso:
A grande novidade centra-se no carácter colaborativo e social, naquilo que designamos tomada de decisões colaborativa que tira partido do poder da inteligência colectiva (grupo, empresa ou departamento) para acelerar a tomada de decisões com maior alinhamento e transparência. É possível agora com o QlikView 11, criar em conjunto com espaços de trabalho colaborativos (o utilizador do QlikView pode convidar outros utilizadores, a participarem ao vivo em sessões interactivas e partilhadas) e também efectuar comentários na própria aplicação (desde a fase de concepção da própria aplicação, até perguntas e respostas em resultados que esta tenha, por si ou por outros utilizadores).

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O QlikView 11 marca também a próxima geração de pesquisa associativa com a introdução de análises comparativas. A análise comparativa expande a experiência associativa do QlikView para permitir a comparação interactiva de agregações definidas pelo utilizador. É utilizada para comparar inúmeros conjuntos de dados, como por exemplo o cesto de compras em estabelecimentos de venda a retalho ou a análise das acções em serviços financeiros. Por exemplo, para comparar o desempenho de duas ou mais categorias de produtos, o utilizador terá apenas de seleccionar vários produtos para cada grupo e o QlikView, automática e visualmente, compara o seu desempenho em todas as regiões ou períodos ou segundo qualquer outro indicador em tempo real.

Uma das outras vantagens-chave da nova versão é o facto de a criação de aplicações ser mais fácil e mais rápida, bem como o facto de a capacidade de gestão do QlikView e a segurança para as grandes empresas serem superiores.

Queremos com esta solução e mudanças lançar um novo conceito no mercado de BI, o de Social Business Discovery - BI pensado na óptica do utilizador de negócio, totalmente colaborativo e dinâmico. E, por conseguinte, transpor essa filosofia para o QlikView em dispositivos móveis, já que hoje a mobilidade é fundamental, sobretudo quando se tratam de aspectos de negócio em que poder consultar e partilhar qualquer informação, em qualquer momento e lugar, faz uma grande diferença.

Sendo uma solução com um time-to-market reduzido, muito robusta por conseguir suportar milhões de dados e utilizadores, com uma capacidade de fornecer informação analítica útil, consolidada e analisada em tempo real de uma forma simples e fazê-lo nos mais variados modelos e suportes (cloud computing, SaaS, smartphones, tablets, etc) e agora com um grau de colaboração e profundidade único no mercado, as empresas encontram aqui um caminho neste contexto económico para tomar todas as decisões críticas e efectuar previsões os mais factuais possíveis, onde, quando e junto de quem mais precisam.

TeK: As empresas estão à procura de novas formas de integrar a riqueza da web social (e da web 2.0) e de colaboração nas ferramentas empresariais, e especialmente no BI. Esta é uma das tendências de futuro?
J.M.A.:
Não poderiam estar mais correctos. Nos últimos dois anos posicionámos o QlikView com o carácter inovador de Business Discovery, isto é, o business intelligence pensado na óptica do utilizador de negócio, muito em linha com ferramentas do seu dia-a-dia como o Facebook ou o Outlook. Hoje estamos a apresentar o QlikView 11, completamente direccionado para uma vertente social e colaborativa, com um grau de interacção em linha com o verdadeiro 2.0 onde Grupo, Departamentos ou Empresas completas interagem para tirar riqueza da sua informação de base mas e também de todo o know-how existente em cada colaborador e a sinergia gerada neste fluxo.

TeK: Quais são as vantagens que a cloud traz especificamente para o BI?
J.M.A.:
A cloud garante sobretudo um grau de flexibilidade elevado ao BI. Essa flexibilidade produz depois diversos ganhos. Primeiro, e com base na experiência do QlikView, o acesso à solução de BI em qualquer local e em qualquer plataforma (sistema operativo ou terminal fixo ou móvel). Segundo, garante uma possibilidade de escalabilidade da solução para um sem número de colaboradores de uma forma simples e rápida, permitindo hoje ter 10 e amanhã 5000 a funcionar de igual forma (o mesmo ocorrendo no sentido inverso, tendo por exemplo 300 pessoas num projecto e no findar de este, deixar de ter essas 300 licenças activas). Por inerência, a criação de diversos modelos de negócio. Terceiro, uma clara redução de custos pelos dois factores atrás e como é habitual pela inexistência de equipamentos informáticos nas instalações do cliente com todos os benefícios que daí advém e o envolvimento da equipa de sistemas de informação em outras tarefas que não a gestão permanente deste software.

TeK: Entre os vossos clientes em Portugal contam-se o Barclays e o Grupo Brodheim, cujos casos são abordados neste evento. As empresas portuguesas já estão mais conscientes dos benefícios do BI ou ainda há muito trabalho a fazer para atingir a maturidade do mercado?
J.M.A.:
O mercado português tem uma grande abertura para as soluções tecnológicas no geral. O BI em particular tem ganho maior projecção, por ser um tipo de tecnologia que permite tomar decisões rápidas e mais alicerçadas em toda a informação, aspecto crítico em momentos económicos adversos como o actual. No nosso caso, essa visibilidade e aceitação torna-se mais evidente porque temos uma solução de BI tão avançada, robusta mas simples que em dias ou poucas semanas há resultados muito palpáveis e o retorno começa a surgir. Repare que o QlikView tem de base a tecnologia associativa in-memory que permite analisar a informação como a mente humana (tal garante, respostas em tempo real a pedidos de informação efectuados no momento), pode funcionar na cloud, é disponibilizado gratuitamente para plataformas móveis onde está desenvolvido para cada tipo de sistema operativo nativamente (smartphones, tablets, outros), tem um grau de flexibilidade único no mercado, não requere grande formação da equipa técnica e do utilizador de negócio (no mesmo dia já consegue colocar questões e fazer análises comparativas). O facto de termos empresas como o Barclays, o Grupo Brodheim, a Cimpor, a Jerónimo de Martins e um sem número de médias empresas provam que há abertura e há uma grande necessidade de ter a informação disponível e analisada, onde, quando e junto de quem se precisa para melhores decisões.

No entanto, e verificando níveis de aceitação elevados do QlikView, continuamos a acreditar que o mercado português tem ainda um grau de evolução no BI muito significativo, sobretudo na Administração Pública e médias empresas.

TeK: Como se diferencia a QlikTech da concorrência e dos "pesos pesados" nesta área de BI?
J.M.A.:
Desde o primeiro dia que definimos que a QlikTech tinha que ser uma empresa que estivesse sempre na vanguarda do BI, e a provar que o temos conseguido está a colocação da nossa empresa no quadrante dos Inovadores na última análise efectuada pela Gartner.

Um dos elementos bases da nossa diferenciação, que serve hoje para benchmarking, é o nosso motor de análise in-memory, que como refiro atrás permite analisar a informação como a mente humana colocando a mesma em memória. Tal permite que toda a informação esteja disponível na memória do computador ao invés do servidor ou disco, o que leva a análises de informação instantâneas e dinâmicas de milhões de dados ao invés de dias de espera por um relatório estático.

Aproveitámos nos últimos anos para utilizar essa capacidade, desenvolvendo uma das soluções mais flexíveis mas robustas do mercado, no sentido de torná-la o mais user friendly possível, para permitir a rápida adopção do BI por toda a empresa e retirar trabalho ao departamento informático - daí introduzirmos o ano passado o conceito inovador no mercado de Business Discovery. Repare que, segundo estudos recentes, só 20% dos colaboradores utilizam uma ferramenta de BI nas empresas, os outros 80% não lhe têm acesso. Já imaginou a quantidade de informação que é perdida? Se tiver uma solução que funciona como o Facebook, o Excel ou o Powerpoint, requerendo pouca formação de base, já viu o potencial que existe nos outros 80%?

Fomos também a primeira empresa a introduzir no mercado o BI para iPhone e hoje estamos a desenvolvê-lo para todo o tipo de smartphones e tablets de uma forma o mais nativa possível e, para facilitar a sua generalização, oferecendo-o a todos os clientes que possuem a licença no seu desktop ou em regime de SaaS. Ganhámos aqui também alguma vantagem, pela experiência já obtida, perante a concorrência.

Os nossos clientes apontam também em diversos estudos efectuados pela Gartner, BARC, Aberdeen que temos tempos de implementação de dias, semanas ou poucos meses e resultados e ROI de investimento mais rápido que a maioria da concorrência.

Com o QlikView 11, queremos alavancar o conceito de Business Discovery e levar o mercado de BI para outra dimensão, totalmente colaborativa, com um grau de criação e partilha nunca antes visto em qualquer ferramenta de BI - o Social Business Discovery. No fundo, queremos que o BI chegue ao máximo de colaboradores, que estes tenham acesso à informação onde, quando e nas plataformas que o necessitem com uma elevada flexibilidade e com um grau de colaraboração e partilha entre si. Queremos que tal aconteça em pequenas, médias e grandes empresas de igual forma e com um acesso ajustado às necessidades de cada realidade.
Mais uma vez queremos criar a solução de referência do mercado, que leve todo o sector a criar soluções cada vez mais colaborativas, generalizadas, simples, flexíveis, fiáveis e com tempos de implementação reduzidos e resultados imediatos para os clientes.

Fátima Caçador