Os resultados de um estudo agora publicado revelam que uma clivagem nas nuvens de Vénus fustiga a atmosfera do planeta há pelo menos 35 anos. Se tal acontecesse na Terra, seria como uma superfície frontal, mas à escala planetária.
Especialistas da indústria espacial russa estão a preparar planos para recolher amostras de solo de Vénus e trazê-las para a Terra, disse o diretor-geral da agência espacial russa Roscosmos, em entrevista publicada hoje pela agência RIA Nóvosti.
O grande vencedor do prémio de 15 mil dólares foi “Venus Feelers”, o projeto do designer egípcio Youseef Ghali que terá a oportunidade de colaborar com a NASA na construção do sensor para o Automaton Rover for Extreme Environments, o veículo que um dia vai partir à descoberta de Vénus.
Para contornar obstáculos, o rover precisa de um sensor especial que não tenha por base um sistema elétrico, o qual seria muito vulnerável às condições extremas do planeta. A equipa que ficar em primeiro lugar na competição terá também a oportunidade de colaborar com a NASA.
É o primeiro em torno de Vénus e a sua proximidade do Sol torna-o muito difícil de observar, mas desde que foi descoberto, os telescópios espalhados pelo mundo nunca mais o “largaram”.
Hoje sobreaquecido por gases de efeito de estufa, acredita-se que o clima em Vénus já foi um dia semelhante ao da Terra. O Jet Propulsion Laboratory, da NASA quer respostas, mas para isso é preciso regressar ao “planeta gémeo”.
O estudo apresentado na edição de 2019 do European Planetary Science Congress vem dar a conhecer uma nova perspetiva acerca das condições do segundo planeta a contar do sol há milhares de milhões de anos atrás.