A 4 de fevereiro de 2004, surgia online, pela primeira vez, o projeto que iria marcar a nova era das redes sociais. Inicialmente apenas aberto para estudantes da Universidade de Harvard e depois para estudantes de outras faculdades, era conhecido na época como thefacebook.com, “uma produção de Mark Zuckerberg”, embora oficialmente o Facebook tivesse cinco cofundadores.
Foi nesse sentido que dois colegas de classe de Zuckerberg em Harvard, os irmãos gémeos Cameron e Tyler Winklevoss, o processaram por supostamente copiar deles a ideia do Facebook. As partes chegaram a um acordo, com os Winklevii a receberem 65 milhões de dólares. A disputa foi retratada no filme “A Rede Social”, de 2010, que ganhou três Oscars.
Muitas das controvérsias do Facebook envolveram a moderação de conteúdos, ou seja, as regras que as pessoas precisam de seguir para fazerem posts na rede social. Mas outros escândalos foram surgindo, como em 2012, quando o Facebook permitiu que investigadores conduzissem uma experiência psicológica com os utilizadores da rede, demonstrando o que chamaram de “contágio emocional em grande escala”.
Passados 20 anos, o logo de cor azul ainda é reconhecível, mas entretanto percorreu um longo caminho, assim como a marca que representa.
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O Facebook está agora sob a égide da Meta, uma empresa avaliada em um bilião de dólares, que também é proprietária do Instagram e do WhatsApp.
São vários os presságios menos positivos dos últimos tempos, que dão conta de que o Facebook está “ultrapassado”, além das polémicas de privacidade e das acusações de falta de proteção dos mais novos, que levaram Mark Zuckerberg a ir até ao senado norte-americano para uma audição.
Ainda assim, o 20º aniversário da rede social foi comemorado com uma subida significativa do número de utilizadores mensais.
De acordo com os dados divulgados pela Meta, o Facebook registou lucros de 39 mil milhões de dólares em 2023 e 3,07 mil milhões de utilizadores mensais ativos. O valor representa um aumento de 3% - ou mais de cem milhões de utilizadores - em relação ao ano anterior.
Até hoje, surpreendentemente, aquela que continua a ser a maior rede social de todas nunca registou qualquer queda anual no número de utilizadores ativos, algo que a partir de agora também será difícil de perceber, porque a empresa anunciou que vai deixar de divulgar tais dados daqui para frente.
Em vez disso, a Meta diz que pretende concentrar-se nas métricas mais relevantes para o negócio publicitário, tais como alterações nas impressões de anúncios e o preço médio por anúncio a nível regional.
É em grande parte o negócio publicitário, ou mais especificamente a procura do lucro, que tem colocado as redes sociais “em xeque” perante governos e grupos de cidadãos, preocupados com o impacto negativo das redes sociais e plataformas online nos utilizadores, principalmente entre os mais novos.
Foi para responder por acusações do género que Mark Zuckerberg, como responsável da Meta, assim como os CEO do TikTok, X, Snap e Discord foram ouvidos no Congresso dos Estados Unidos, numa audição do comité judiciário do Senado onde as empresas foram acusadas pelos senadores, mas também por grupos de ativistas e várias famílias, de não estarem a tomar medidas suficientes para proteger os mais jovens nas suas plataformas.
O senador republicano Lindsey Graham, acusou Mark Zuckerberg e os restantes responsáveis de terem as “mãos manchadas de sangue” e estarem à frente de empresas cujos produtos estão a matar pessoas.
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