Numa época em que existe uma app para tudo, não é de espantar que cada vez mais pessoas recorram a aplicações de fitness para monitorizarem os seus objetivos de saúde e bem-estar. Mas há uma grande desvantagem: sejam gratuitas ou pagas, as apps de condicionamento físico “vivem” dos dados pessoais dos utilizadores.
Muitas das razões pelas quais os dados de saúde e bem-estar são confidenciais são as mesmas que os tornam tão valiosos para quem recolhe a informação, que depois pode tornar mais “felizes” companhias de seguros, anunciantes e mesmo organismos estatais, que pagam por eles, sem esquecer spammers e cibercriminosos.
Numa nova análise, a equipa da Incogni olhou para nove apps populares de fitness e concluiu que as mesmas recolhem 15,2 tipos de dados, em média .
A Fitbit lidera o grupo, com 21, valor 32% acima da média. A Justfit, por outro lado, destaca-se como a aplicação que precisa de menos informação, pedindo cinco pontos de dados.
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Além da quantidade em variedade, o género de dados em si também são motivo de preocupação. Segundo a Incogni, MyFitnessPal, Strava, Peloton e Fitbit recolhem a localização precisa dos utilizadores, sendo que três dessas mesmas apps - Strava, Peloton e Fitbit - também pedem a localização aproximada.
Ao recolherem dados de localização, estas aplicações conseguem saber onde as pessoas treinam e possivelmente perceber que outros locais frequentam, nota os especialistas da Incogni no relatório.
A maioria das apps analisadas têm informação de contacto dos seus utilizadores, com oito a recolherem endereços de email e sete a pedirem o nome da pessoa. Por vezes, também querem o número de telefone, como a Fitbit e a WeightWatchers: Weight.
Mais preocupante é existirem apps que pretendem saber onde os utilizadores moram, como a YAZIO Food & Calorie Counter, solicitando o endereço de casa.
Algumas recolhem dados pessoais que parecem particularmente difíceis de justificar, como a WeightWatchers: Weight Health, por exemplo, que pede informações sobre raça e etnia.
A YAZIO Food & Calorie Counter, por sua vez, considera importante conhecer as orientações sexuais dos utilizadores. Acrescente-se que, de acordo com o disclaimer sobre a recolha de dados da aplicação na Play Store, a indicação da orientação sexual não é opcional. Isso significa que, para usar a app, os utilizadores têm de fornecer essa informação.
“Certamente é difícil perceber que a orientação sexual de um utilizador é um dado importante para uma funcionalidade de monitorização dietética”, refere com Ironia a equipa da Incogni no relatório.
Ainda assim, parece que as aplicações de fitness analisadas não partilham tanto dados com terceiros quanto aplicações de outras categorias já analisadas, como as apps de dating ou de moda. Nesta área e capítulo, lidera a BetterMe, que partilha com terceiros 17 dos 18 pontos de dados que recolhe.
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