Hoje é dia de conferência da Apple, que foi apelidada de California Streaming, exatamente por ser novamente em formato digital, como tem sido os mais recentes eventos da empresa desde que começou a pandemia. Este ano a Apple retoma o calendário habitual de setembro para a apresentação dos seus novos smartphones iPhone, já que no ano passado foi realizado em outubro.
Como é habitual, o evento começou com a apresentação de Tim Cook (que comemora este ano uma década à frente da empresa), diretamente do Apple Park em Cupertino. Depois de um breve tema musical com vibes da Califórnia, Tim Cook assumiu o palco para falar da TV+, uma aposta crescente da empresa em séries televisivas e filmes, com diversas nomeações e prémios. Só Ted Lasso teve 20 nomeações, um recorde para uma primeira temporada de uma série. Há muitos conteúdos para explorar, e os jogadores da PlayStation 5 podem ativar uma assinatura gratuita de seis meses. Até ao final do ano, a Apple espera novidades protagonizados por alguns dos mais conceituados atores de Hollywood.
Há novidades na família iPad
O primeiro produto tecnológico que Tim Cook revelou diz respeito á família de tablets iPad. Salientou o seu sistema operativo iPadOS, com milhares de apps desenhadas e adaptadas ao equipamento. Como seria de esperar, a Apple revelou o novo iPad. Equipado com o processador A13 Bionic, com uma performance superior em 20% e 3X mais rápido que um Chromebook e 6x mais rápido que os tablets Android no mercado, diz a fabricante. A câmara traseira promete ser mais poderosa, capaz de capturar mais luz, o que significa melhores resultados em ambientes com menor iluminação. Na frente, tem uma nova câmara de 12 MP, com uma maior abertura.
E o novo iPad tem a tecnologia Center Stage, ou seja, a capacidade de seguir as pessoas e enquadrá-las no ecrã. Ideal para conferências de vídeo, mas também para fazer conteúdos para as redes sociais ou streamings. A tecnologia True Tone está também disponível no equipamento. Tem um teclado amovível e uma Apple Pencil. O tablet será lançado com o iPadOS 15. Chega ao mercado a começar nos 399 euros e para educação a 299 euros, disponível na próxima semana, mas já se pode reservar.
Veja na galeria imagens dos novos iPad:
O iPad mini também tem uma nova versão, como era esperado. O novo iPad mini recebeu a maior atualização dos últimos anos, com um design semelhante ao iPad. Tem cantos arredondados, confirmando-se as cinco cores (Silver, Space Gray, Rose Gold, Green e Sky Blue) e um ecrã com tecnologia Retina display com 8,3 polegadas com palete de cor True Tone e 500 nits de brilho. Tem Touch Id no botão de energia no canto superior do equipamento. No seu interior tem um processador mais poderoso em 40% e 80% em GPU. As aplicações de IA vão usufruir do Neural Engine, para uma experiência de nova geração em apps de tradução, por exemplo. Promete transferências 10 vezes mais rápidas que o anterior modelo, sendo um companheiro para outros equipamentos que necessitem ser conectados. Além disso, o novo iPad mini suporta ligações 5G.
A câmara traseira tem 12 MP com uma abertura de 1.8, prometendo uma captura de qualidade em locais menos iluminados. A câmara grava vídeo em 4K. Na frente, tem uma câmara de 12 MP ultra grande angular. Tem diferentes capas e suporta a segunda geração de Apple Pencil magnético que se mantém agarrado ao tablet. Chega ao mercado a começar nos 569 euros, a partir do dia 24 de setembro.
Que horas são? Veja no novo Apple Watch 7
Tim Cook confirmou novidades na sua família de relógios inteligentes. Para quem anda de bicicleta, o Apple Watch deteta quedas e paragens, detetando a nova geração de modelos elétricos e as respetivas calorias queimadas. Pelo trailer, o Apple Watch 7 promete resistir às quedas mais aparatosas e tem um ecrã maior que as versões anteriores: passou de 40 para 41 mm e de 44 para 45 mm. E tem menos 40% de moldura que o anterior, confirmando-se o design com bordas arredondadas. Os botões cresceram para acompanhar o crescimento do próprio ecrã, que promete ter mais 27% de texto visível. Será possível escrever no teclado virtual do ecrã, como os smartphones, ajudado por machine learning que tenta prever as palavras e completar as frases.
Veja na galeria novas imagens do Apple Watch 7:
A durabilidade foi uma das preocupações da Apple, com um vidro reforçado e certificação IPX6: resistente a água e pó. É mais rápido a carregar que o anterior e tem uma maior autonomia. Será vendido em cinco cores e uma nova coleção de braceletes. As suas molduras foram construídas em materiais 100% recicláveis. A Apple vai manter o modelo Series 3 por 199 dólares, o SE por 279 e o novo modelo por 399 dólares. O website português ainda não tem a disponibilidade do equipamento e preço em euros, referindo um lançamento no outono.
À boleia do novo Apple Watch 7, a Apple falou de algumas novidades do serviço Fitness+, incluindo novos treinadores virtuais e aulas de fitness, com meditações guiadas que passam a estar disponíveis. A Apple refere que novos exercícios serão atualizados semanalmente. O novo modo de Group Workout suporta vários utilizadores em simultâneo, que podem comparar resultados, e chega no final do ano ao smartwatch.
iPhone: Afinal o 13 é o número da sorte
Tim Cook voltou à palavra para falar do futuro do seu smartphone, a sua joia da coroa da família de equipamentos. Como era de esperar, o novo iPhone 13 apresenta um novo vidro cerâmico, com maior resistência ao pó e água. Tem rosa e azul entre as cinco cores disponíveis. Suporta FaceId num moldura mais pequena, mas com um ecrã com uma área maior. A Apple diz que o interior do smartphone foi reorganizado para conter mais tecnologia e uma bateria maior.
Veja na galeria imagens do iPhone 13:
Tem um ecrã 28% mais brilhante baseado na tecnologia retina display. Tem um ecrã de 1.200 nits e 800 nits, na sua versão standard e mini. No seu interior tem o novo processador A15 Bionic de 5 nanometros, com seis núcleos. Dois núcleos são de performance, prometendo ser 50% mais rápido. Tem um GPU de quatro núcleos, prometendo ser 30% mais rápido que outros modelos.
O seu novo processador alimenta também o módulo de duas câmaras, com 12 MP cada, sendo uma delas uma ultra grande angular, prometendo imagens de grande qualidade mesmo em locais interiores. No que diz respeito ao vídeo, mantém a mesma estratégia do ano passado em oferecer ferramentas para criar vídeos com aspeto cinematográfico, mesmo que o utilizador não tenha qualquer experiência em filmar. Isto graças ao modo Cinemático disponível na aplicação da câmara. Este modo foca de forma inteligente os sujeitos que entram em cena. O produtor só tem de fazer alguns toques nos sujeitos para indicar quando a câmara foca numa ou outra personagem. Os dois modelos gravam a 4K e a 60 FPS.
Os modelos mantêm a conexão 5G, com a promessa de melhorias nas antenas e componentes associados para melhores velocidades, cobertura e duração de bateria. Promete trabalhar com mais de 200 operadoras em 60 países para otimizar as ligações. Quanto à sua autonomia, a Apple salienta mais tempo de vida, com mais 2,5 horas de bateria em relação ao modelo anterior. Isso deve-se não só a uma bateria de maior capacidade (que a Apple nunca revela), mas igualmente à otimização oferecida pelo novo processador.
A apple reforçou a confiança do MagSafe, o sistema de carregamento magnético, com novos acessórios. O iPhone mini tem 5,4 polegadas e chega ao mercado a partir de 829 euros. A versão standard tem 6,1 polegadas e chega às lojas por 929 euros. A Apple apresenta agora versões de armazenamento interno de 128 GB, 256 GB e 512 GB, confirmando-se assim mais um rumor de que a versão de 64 GB seria descontinuada.
Por fim, Tim Cook revelou o alinhamento das versões Pro do iPhone, aquele que chama do modelo "mais Pro de sempre". A principal diferença que sobressai é o módulo com três câmaras na traseira. A Apple salienta as quatro cores, com finalizações de luxo, com cerâmicas metalizadas. A sua frente foi alterada, com o notch mais pequeno. O seu ecrã tem uma maior proteção no vidro. Promete mais acessórios MagSafe. Tem um processador A15 de 6 núcleos, um processador neural mais rápido e uma performance gráfica 50% maior que a concorrência, diz a marca. O seu ecrã tem uma Super Retina XDR com 1.000 nits e tecnologia ProMotion, capaz de refrescar dos 10 Hz até 120 Hz mediante o uso, para mais capacidade ou modo poupança de bateria.
Veja imagens dos modelos iPhone 13 Pro:
As versões Pro e Pro Max têm uma câmara telefoto, uma ultra grande angular e uma nova angular. Um conjunto que promete oferecer soluções para qualquer ambiente ou tipo de fotografia que os utilizadores desejam captar. O novo modo ultra grande angular oferece melhores cores, mais vívidas. Já o sistema de telefoto permite captar as células das folhas, assim como as texturas minúsculas dos objetos. Os diferentes estilos de fotografia permitem captar paisagens ou modelos com maior qualidade, oferecendo mais ferramentas para os fotógrafos profissionais ou amadores. O resultado promete ser sempre de topo.
A sua bateria mantém o mesmo rácio de duração de vida, de 2,5 horas mais que os respetivos modelos anteriores. A Apple revelou ainda que deixou de lado os plásticos das embalagens. A tecnologia LiDAR continua a estar presente nos novos modelos.
Os modelos Pro chegam no dia 24 de setembro e podem ser pré-reservados a partir da próxima semana. A versão Pro começa nos 1.1279 euros e a versão Pro Max nos 1.279 euros. Os modelos têm quatro opções de armazenamento interno, começando nos 128 GB, 256, 512 e como novidade, 1 TB. Há ainda um modelo SE, a começar nos 499 euros.
Em antevisão:
Apesar da crise dos componentes, que tem vindo a abrandar o lançamento de novos produtos tecnológicos, desde smartphones a computadores, com igual impacto na indústria automóvel, a Apple tem uma grande capacidade de organização das suas linhas de montagem. E por isso, tudo indica que a empresa possa minimizar o impacto da escassez de componentes, tendo mesmo pedido aos seus fornecedores 90 milhões de unidades de iPhone 13 para lançar a partir de outubro. A empresa da maçã prevê uma maior procura da sua próxima geração de iPhone depois do isolamento imposto pela pandemia, tendo pedido um aumento de 20% na produção de smartphones.
Já rumores não faltam para o próximo iPhone: Além do processador melhorado, assim como o módulo de câmara e ecrã, uma nova patente submetida pela gigante tecnológica sugere que o próximo modelo poderá chegar sem qualquer tipo de botões físicos. A empresa estará a estudar o desenvolvimento de sensores de input “invisíveis” que se iluminam quando são tocados e desaparecem quando não estão a ser utilizados.
Clique nas imagens para recordar a evolução do iPhone ao longo do tempo
A dimensão dos ecrãs será a mesma dos smartphones da linha iPhone 12: 5,4, 6,1 e 6,7 polegadas. Em destaque está também um espaço no topo do ecrã para a câmara e sensores, ou notch, com dimensões mais pequenas do que o habitual. Também já se falou de que alguns modelos do iPhone 13 poderiam preparar um futuro totalmente wireless, com carregamento suportado pela tecnologia Magsafe, que foi bem-recebida no modelo atual. Assim, o smartphone seria lançado sem portas USB-C ou Thunderbolt. Algo a confirmar na apresentação. Os smartphones poderão contar com um ecrã always-on, semelhante ao do Apple Watch e ao de muitos smartphones Android e terem suporte a comunicações por satélite.
As versões do iPhone 13 Pro e Pro Max terão configurações de armazenamento com uma capacidade de 1 TB. Os modelos estarão também disponíveis com capacidades de 128 GB, 256 GB e 512 GB, como já é habitual. Já o iPhone 13 e iPhone 13 Mini perdem a configuração com 64 GB de memória interna, mas ganham uma nova de 512 GB, que se junta às anteriores de 128 GB e 256 GB, segundo as informações de fontes próximas da empresa.
Novos tablets e smartwatchs também podem ser revelados
Apesar do iPhone 13 ser a joia da coroa da apresentação, tudo indica que a Apple possa revelar pelo menos um novo iPad, o modelo iPad Mini 6. Os rumores apontam para um equipamento com uma moldura mais fina, um ecrã maior e várias melhorias no que diz respeito à sua performance. É avançado que se trata da primeira remodelação do modelo em seis anos.
Espera-se ainda um ecrã de 8,4 polegadas, mas com um design mais semelhante ao iPad Air, que foi lançado no ano passado, e que exclui o botão Home. Por fim, terá um chip A14, incluindo suporte a 5G e a um novo Apple Pencil mais pequeno, estando disponível em três cores diferentes: preto, prateado e dourado. Já em agosto surgiram novas imagens com renders daquele que pode ser o design do iPad Mini 6, que é referido como esteticamente mais próximo do iPad Pro e do iPhone 12. Pelas imagens há cinco cores possíveis: Silver, Space Gray, Rose Gold, Green e Sky Blue.
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Uma das grandes dúvidas do evento é saber se a Apple vai apresentar o seu novo smartwatch, o Apple Watch 7. E isto porque o design escolhido para o relógio inteligente está a dar dores de cabeça aos engenheiros e fornecedores de componentes. A Apple quer aproximar o seu design aos seus iPhones e iPads, mas surgiram dificuldades na adaptação dos seus respetivos componentes. A produção do novo relógio inteligente terá sido mesmo colocada em suspenso temporariamente.
Por outro lado, os rumores mais positivos referem que o smartwatch será apresentado, com dois tamanhos maiores que os anteriores modelos: 41 e 45 mm. Fala-se de um processador mais rápido e como novidade um sensor para medir a temperatura do corpo. Mas não se esperam novidades no que diz respeito a funcionalidades relacionadas com a monitorização de saúde.
Por fim, a Apple poderá também revelar os novos AirPods 3, com um desigin semelhante às versões Pro. Não existem muitos rumores sobre os auriculares, mas é avançado que tem áudio espacial, mas sem tecnologia de cancelamento ativo de ruído.
É também esperado que a Apple anuncie o lançamento oficial das novas versões dos seus sistemas operativos, incluindo o iOS 15, iPadOS 15, watchOS 8 e tvOS 15. Ainda antes, a gigante tecnológica lançou uma nova atualização concebida para reforçar a segurança dos sistemas operativos do iPhone e do iPad.
Resta confirmar estas novidades e rumores, mas as surpresas fazem sempre parte dos eventos grandes da Apple.
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