Depois de cinco anos a orbitar a Terra para recolher dados com o objetivo de ajudar os cientistas a melhorar as previsões meteorológicas, o satélite Aeolus cumpriu a sua última missão, com uma morte “ardente”, mas controlada. Depois de confirmar o sucesso das manobras que permitiram a reentrada do satélite, a ESA avança novos dados acerca da localização onde os fragmentos podem ter caído.
De acordo com a agência, o Aeolus reentrou na atmosfera terrestre no dia 28 de julho, pelas 19h40 (hora de Lisboa). Embora a equipa da ESA não tivesse uma previsão exata de onde os fragmentos do Aeolus caíriam quando chegassem à Terra, os operadores guiaram o satélite da direção do Oceano Atlântico, de modo a que não fossem atingidas zonas de risco.
Como é possível ver no mapa, o satélite acabou por reentrar sobre a Antártida. À medida que reentrava, e durante cerca de dois minutos, o satélite tornou-se numa bola de fogo. A maior parte do Aeolus ardeu durante este processo, mas acredita-se os fragmentos que restaram caíram nesse território seis minutos depois da entrada na atmosfera.
“O objetivo desta reentrada assistida inédita foi guiar o Aeolus num percurso final seguro, onde se desintegraria na atmosfera terrestre e o mais longe possível de zonas habitadas”, afirma Tommaso Parrinello, gestor da missão.
A ESA realça que através das manobras assistidas, que permitiram escolher a melhor órbita de reentrada, o risco da queda de fragmentos perto de zonas habitadas, que já era baixo, foi reduzido em 150 vezes.
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Apesar de ter viajado a uma velocidade de 7,5 quilómetros por segundo e de não ter sido concebido para operar em altitudes tão baixas, a agência afirma que a posição do Aeolus ficou muito próxima daquela que tinha sido planeada como a sua localização final.
Embora admita que esta estratégia poderá não ser a mais indicada para replicar em novas missões, a ESA indica que, no caso das mais antigas, a reentrada assistida é uma possibilidade a considerar.
Nas palavras de Holger Krag, responsável pela divisão de lixo espacial da ESA, “o Espaço é limitado e partilhado, motivo pelo qual a sustentabilidade espacial deve ser um esforço global”.
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