Portugal registou no ano passado uma taxa de pirataria associada aos produtos de software de 43 por cento. O valor é igual àquele que a Business Software Alliance tinha apurado para os dois anos anteriores, revelando uma estagnação do fenómeno. Mesmo assim, o valor calculado das perdas geradas pela utilização de produtos pirateados aumentou em 20 milhões de dólares, passando a fixar-se nos 160 milhões de dólares (108 milhões de euros).



Em termos globais, a taxa de software pirateado aumentou 3 pontos percentuais e passou a fixar-se nos 38 por cento. A evolução quebra a tendência de estagnação do fenómeno registada ao longo dos últimos três anos. De acordo com os números apresentados no estudo da BSA, elaborado pela IDC, os prejuízos mundiais da pirataria de software ascenderam em 2007 a 47,8 mil milhões de dólares, mais 20,4 por cento que no ano anterior.



A Europa Ocidental é a segunda entre as seis regiões analisadas no estudo mais penalizada com a pirataria, com perdas imputadas de 11,6 mil milhões de dólares. Na liderança está a região Ásia-Pacífico com perdas de 14 mil milhões de dólares e uma taxa de pirataria de 59 por cento. Os Estados Unidos e Canadá surgem na terceira posição, seguidos da Europa Central e de Leste e do Médio Oriente e África.



Numa análise de dados tendo em conta as taxas de pirataria mais elevadas os números divergem. Nesta perspectiva, a Europa Central e de Leste é a região do globo onde a taxa de software pirateado é mais elevada (68 por cento). A América Latina surge em segundo lugar com 65 por cento do software usado no país a ser considerado ilegal e a região do Médio Oriente e África em terceiro. Nos Estados Unidos apenas um quinto do software usado é pirata e na Europa Ocidental um terço.
Os números da BSA dizem apenas respeito a produtos de software em pacote para computadores pessoais.



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