
O país começou a voltar à normalidade nesta manhã, com a informação da e-Redes às 8h00 a garantir que tinha reposto 100% dos serviços de eletricidade. O operador de rede de distribuição de eletricidade foi estabelecendo gradualmente os serviços durante a noite e às 22h30, a energia já chegava a 4 milhões de clientes.
O corte de energia ainda não tem uma explicação oficial, mas a falha terá sido causada por uma avaria crítica numa linha de muito alta tensão que liga França e Espanha, embora não esteja afastada a possibilidade de ciberataque. O certo é que em Portugal, o apagão deixou as casas sem eletricidade no dia 28 de abril entre as 11h30 e as 20h00, hora em que começaram a ser repostos gradualmente os serviços.
A eletricidade causou a interrupção de serviços de transporte, desligou semáforos e obrigou as lojas a encerrarem, causando inevitáveis transtornos à população. A Cloudflare fez uma análise à resiliência das redes de internet em Portugal e o impacto do apagão nos acessos online, avaliando o tráfego e qualidade da rede.
Veja na galeria mais informações:
Segundo a Cloudflare, o tráfego de internet caiu, quando a rede de energia falhou, em cerca de metade, quando comparado com dados do mesmo dia na semana anterior. E nas cinco horas seguintes, cerca de 90% do tráfego diminui em comparação ao mesmo período. Os pedidos de tráfego dos utilizadores (DNS Query) também caíram com a falha de energia, inicialmente em 40%, baixando nas horas seguintes.
Ao nível dos operadores, nomeadamente a NOS, Vodafone, MEO e NOWO, a Cloudflare aponta que a perda do tráfego de internet foi rápida e significativa. “Os gráficos da Cloudflare mostram que o tráfego destas redes efetivamente evaporou ao longo das horas depois do início do apagão”.
É explicado que as operadoras podem carregar um misto de banda fixa e móvel nas suas redes, mas a MEO separa algum do seu tráfego móvel para um ASN separado. Os pedidos de tráfego dos utilizadores da MEO mais que dobraram quando falhou a energia, uma vez que os utilizadores utilizaram o smartphone para pesquisar informação sobre o que aconteceu. “No entanto, apesar do pico inicial, o tráfego móvel também caiu nas horas seguintes para metade do volume registado na semana anterior”.
A nível regional, a Cloudflare refere que a falha de energia não impactou todas as regiões do país. Em Lisboa e Porto houve uma falha no tráfego com a falha de eletricidade, mas depois recuperou quase de imediato. Mas foi gradualmente diminuindo nas horas seguintes. Em contraste, regiões como Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu tiveram quebras imediatas, tendo estabilizado em volumes muito baixos. Apenas Braga e Setúbal tiveram quebras mais graduais depois da falha inicial.
O relatório indica ainda que a falha de energia teve impacto na qualidade da conetividade a nível nacional. Antes do apagão, a média da velocidade de download era de cerca de 40 Mbps, mas poucas horas depois, caiu para 15 Mbps. A latência teve um impacto oposto, a 20 ms antes da falha, aumentando gradualmente para 50 ms. Tanto a velocidade como a latência foram afetadas pelo congestionamento da rede que estava disponível.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Microsoft: 50 anos de história e os marcos da empresa que redefiniu o software na computação pessoal -
App do dia
Pondlife é um jogo relaxante que ensina mais sobre os peixes e animais marinhos -
Site do dia
Aprenda acordes de guitarra gratuitamente através do FretMap -
How to TEK
Instagram muda layout e substitui quadrados por retângulos nos perfis. Como se adaptar ao novo formato?
Comentários