A rede social de criação e partilha de vídeos TikTok anunciou hoje que suspendeu a possibilidade de divulgar novos conteúdos na sua plataforma na Rússia, em protesto contra uma nova lei que penaliza a publicação de informações alegadamente falsas.

"Perante a nova lei sobre ‘informações enganosas’, não temos outra escolha a não ser suspender as transmissões ao vivo e a divulgação de novos conteúdos (...) até podermos analisar as possíveis consequências para a segurança" dos funcionários do TikTok e dos utilizadores da plataforma, escreveu a empresa na rede social Twitter.

Na sexta-feira, o parlamento russo aprovou uma lei que penaliza a divulgação de “informações falsas” sobre a “operação militar especial” em curso na Ucrânia, com penas previstas que variam desde multas até 15 anos de prisão.

No sábado, o Kremlin defendeu a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" sobre o exército russo para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.

"No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

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Recorde-se que são várias as empresas tecnológicas também estão a tomar ações contra a Rússia, bloqueando serviços, limitando acessos e a fechar operações no país governado por Vladimir Putin: de gigantes como a Apple, Meta, Google e Twitter, a serviços de pagamentos a plataformas de streaming e aplicações.

Mais recentemente, a Eletronic Arts e a Microsoft também anunciaram o cancelamento das vendas no país. A organização do Web Summit também se manifestou contra o conflito, anunciando que, em solidariedade com a Ucrânia, irá também alinhar-se com as sanções anunciadas pelos governos.