
O Twitter tem vindo a tomar uma série de medidas para travar a disseminação de informação falsa. A empresa liderada por Jack Dorsey anunciou anteriormente que os líderes políticos que estão na plataforma não estão acima das regras. Depois de um vídeo partilhado pela conta de Donald Trump se ter tornado na primeira publicação a ganhar uma etiqueta de conteúdo manipulado, os Tweets do presidente norte-americano são sinalizados pela primeira vez como informação potencialmente falsa. A decisão não agradou ao líder do Governo dos Estados Unidos, que partiu para a rede social e ameaçou regulá-la fortemente ou até mesmo fechá-la.
Nas publicações em questão, Donald Trump protesta contra a realização de votação através de correio, afirmando que a prática poderá levar à deturpação dos resultados. O presidente norte-americano indica também que o governador da Califórnia, Gavin Newson, ordenou o envio de boletins de voto para os milhões de pessoas que vivem no estado, dando a entender que estão a ser levadas a cabo práticas fraudulentas.

Em ambos os Tweets visados surgem avisos que indicam ao utilizador onde encontrar informação verificada acerca de votação por correio, redirecionando-o para um Twitter Moment sobre o tema.
Um porta-voz do Twitter explicou à imprensa internacional que a empresa está apenas a cumprir as novas diretrizes que estabeleceu em relação a informação falsa. No entanto, a decisão não agradou a Donald Trump, que partiu para a rede social e afirmou que o Twitter está a interferir nas eleições presidenciais deste ano.

Horas mais tarde, o presidente norte-americano voltou a protestar contra a atuação da rede social, afirmando que o Partido Republicano acredita que as plataformas digitais estão a “silenciar completamente as vozes conservadoras”. Donald Trump ameaçou regulá-las fortemente ou até fechá-las.

Recorde-se que, ainda em fevereiro deste ano, o Twitter anunciou uma série de novas medidas contra a disseminação de informação falsa. A empresa sublinhou a intenção de querer ser mais proativa na monitorização de desinformação e, por isso, estava a planear utilizar símbolos de alerta para chamar à atenção dos utilizadores que se depararem com mensagens enganadoras, nomeadamente da parte de políticos e outras figuras mediáticas.
A rede social deu também a conhecer que tomaria medidas caso um líder político publicasse algo que ia contra as suas políticas de moderação. Mais tarde, o Twitter decidiu distanciar-se de toda a polémica que envolve a propaganda política nas redes sociais e proibiu todos os anúncios desse tipo.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com as novas respostas de Donald Trump à atuação do Twitter. O título foi também atualizado para refletir as mudanças (Última atualização: 27/05 14h38)
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