Em 2017, a Apple foi acusada de ter causado falhas propositadas no FaceTime, obrigando os utilizadores que tinham um iPhone 4 ou 4S a migrarem para o iOS 7. O longo processo judicial chega agora a um fim e a empresa da maçã concordou em pagar 18 milhões de dólares em indemnizações para resolvê-lo. De acordo com a deliberação do Tribunal do Distrito Norte da Califórnia, cada um dos queixosos receberá uma quantia de 3 dólares por cada iPhone afetado.
Recorde-se que, em 2017, a Apple argumentou em tribunal que o motivo por trás do bloqueio do serviço estaria relacionado com questões económicas. A justificação vinha de um processo anterior que a gigante tecnológica tinha perdido. No caso em questão a VirnetX acusava a Apple de ter infringido uma patente com a tecnologia usada para ligar os utilizadores do FaceTime durante uma chamada de vídeo.
A Apple viu-se então forçada a pagar 302,4 milhões de dólares em indemnizações à VirnetX e deixar de usar a tecnologia peer-to-peer a que recorria até então. A empresa maçã passou depois a recorrer aos servidores da Akamai.
A troca acabou por encarecer muito o processo, levando ao surgimento dos problemas na utilização do FaceTime. A única solução para o problema era fazer a atualização para o iOS 7, uma vez que a versão do sistema operativo integrava uma nova tecnologia de gestão das videochamadas.
Em 2018, o caso VirnetX vs. Apple voltou a tribunal. A empresa de software alegou que o FaceTime, o VPN on Demand e o iMessage, violavam propriedades intelectuais distintas relacionadas com um sistema de comunicações seguras que tinha desenvolvido. A Apple negou todas as acusações e o tribunal condenou-a a pagar 502,6 milhões de dólares. No entanto, a Apple não avançou para a indemnização imediata.
Mais recentemente, a Apple concordou em pagar 500 milhões de euros em indemnizações para resolver um processo nos Estados Unidos relacionado com a “desaceleração” de iPhones. No acordo proposto, a empresa teria de pagar 25 dólares por cada smartphone afetado.
Os utilizadores norte-americanos não foram os únicos que ficaram descontentes com a “desaceleração” dos iPhones. Ainda em 2020, a Apple concordou em pagar uma multa de 25 milhões de euros em França para evitar um processo judicial. Em questão estava uma investigação dos serviços antifraude franceses que concluiu que existiram falhas de informação acerca das atualizações do sistema iOS nas versões 10.2.1 e 11.2. De acordo com a autoridade, a atuação da Apple foi considerada uma "uma prática comercial enganosa por omissão".
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