A conduzir uma auditoria pelas várias empresas fornecedoras com quem trabalha, a Apple anuncia agora os primeiros resultados desta investigação que, de acordo com a mesma, tem servido para revelar alguns dos problemas graves que se fazem sentir neste circuito. A maior parte deles, sublinha, prendem-se com as condições de trabalho em que alguns dos colaboradores destas fabricantes trabalham. O cenário aparenta violar algumas das políticas laborais estabelecidas pela tecnológica, que adianta ainda existirem cenários contrastantes com as suas posições ambientais.

Alguns dos fenómenos mais negativos incluem a falsificação dos horários de trabalho e a exigência de taxas ilegais aos trabalhadores, por parte das empresas.

Esta iniciativa tem o objetivo de aumentar o nível de conformidade com o código de conduta da Apple.

Trabalhadores das empresas fornecedoras da Apple estão a ser expostos a gases tóxicos
Trabalhadores das empresas fornecedoras da Apple estão a ser expostos a gases tóxicos
Ver artigo

A Apple escreve que em 2017, a percentagem de "más performances" baixou dos 3% (2016) para os 1%, em 2017, sendo que em 2014, este mesmo indicador situava-se nos 14%.

Apesar do registo, a empresa norte-americana encontrou 44 violações ao seu código de trabalho em 2017. A maioria dos casos está relacionado com a violação da semana de trabalho de 60 horas. Em 2017, a tecnológica encontrou 38 casos de falsificação de horários, ao passo que em 2016, apenas nove casos foram encontrados

Na sequência, a Apple introduziu ainda novas directrizes para trabalhadores estudantes, depois de se deparar com casos de estudantes que passavam 11 horas seguidas nas linhas de assemblagem do iPhone X.

A imprensa internacional sublinha que em casos destes, a Apple suspende a parceria com a fabricante até que o problema seja resolvido. Quando as soluções são implementadas, a empresa conduz vistorias para garantir que a solução tem capacidade para prevenir novas infrações.

A marca da maçã justifica este aumento com o número de novas parcerias assinadas no ano passado.

No documento, a Apple escreve ainda que 16 empresas mineiras e de fundição de metal abandonaram a lista de contratos da tecnológica por não aceitarem participar em auditorias independentes.