Com a pandemia de COVID-19 a não dar tréguas, empresas em todo o mundo viram-se forçadas a adaptar a forma como trabalham e a Google não foi uma exceção. A gigante de Mountain View tinha dado a conhecer em julho que a maioria dos seus funcionários continuaria a exercer as suas funções a partir de casa até o Verão de 2021 e, agora, o CEO Sundar Pichai revela que o regresso à normalidade incluirá uma cultura de trabalho diferente e mais flexível.

Em entrevista à revista Time, o responsável reconhece que a Google poderia fazer mais para estabelecer um melhor equilíbrio entre o trabalho remoto e o presencial e que está a analisar a situação tendo em conta o contexto da COVID-19.

“Vejo o futuro como sendo definitivamente mais flexível”, sublinha o CEO, acrescentando que o que o futuro não será 100% remoto e a Google está a reconfigurar os seus escritórios para se adaptar aos novos planos. A empresa acredita que o trabalho presencial e a criação de “um sentimento de comunidade” são importantes, em especial, nos casos em que os funcionários têm como missão resolver problemas difíceis ou criar algo novo.

A decisão da tecnológica parte também do feedback recebido dos seus colaboradores. Num recente inquérito da Google, partilhado através da sua página no Twitter, 62% dos funcionários admitiam em julho que gostariam de regressar aos escritórios, mas só por alguns dias durante a semana.

Preferências dos funcionários da Google em relação ao regresso ao trabalho
Preferências dos funcionários da Google em relação ao regresso ao trabalho créditos: Google

Os colaboradores revelaram ainda que um dos principais motivos para regressar aos escritórios é poder trabalhar presencialmente com os seus colegas. Segue-se a socialização e ainda a colaboração com outros funcionários.

A passagem para o teletrabalho devido à pandemia foi também uma oportunidade para a Google repensar a forma como trabalha. Ainda em abril, Sundar Pichai tinha indicado que a empresa ia aproveitar tudo o que aprendeu ao longo do período da pandemia para desenvolver “novas maneiras de realizar eventos, interagir com os consumidores e colaborar entre equipas”.

Recorde-se que a Google foi uma das primeiras empresas a anunciar, logo no início de março, que todos os seus funcionários, independentemente da localização geográfica, deveriam trabalhar a partir de casa, caso a função que desempenhassem o permitisse.