No terceiro trimestre do ano, a Uber apresentou prejuízos líquidos na ordem dos 1,46 mil milhões de dólares (mais de 1,3 mil milhões de euros), de acordo com a Bloomberg. Estes valores representam um aumento face ao trimestre anterior, altura em que a empresa terá apresentado um resultado líquido negativo de 1,1 mil milhões de dólares.
A apresentação da informação por parte da Uber está relacionada com a proposta para a aquisição de uma participação na empresa pelo consórcio liderado pelo SoftBank.
O acordo previa um investimento do consórcio liderado pelo SoftBank e Dragoneer de até 9 mil milhões de dólares de acções da plataforma digital norte-americana, no entanto, o grupo japonês indicou que pretende investir mais de 6 mil milhões de dólares, avaliando a Uber em cerca de 48 mil milhões de dólares.
Contudo, esta avaliação fica cerca de 30% abaixo da que a Uber tinha aquando do levantamento da última ronda de financiamento, o que, a juntar a outros acontecimentos, têm tornado este um annus horribilis para a Uber.
Desde a existência de processos judiciais, com a Alphabet, empresa-mãe da Google e proprietária da Waymo e com antigos funcionários, à perda da licença para operar em Londres e à demissão do CEO, Travis Kalanick, que acabou por abandonar o seu cargo depois de problemas relacionados com a igualdade de género na empresa, com denúncias de abusos por parte de algumas funcionárias, a Uber não parece estar numa boa fase.
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