Os comissários europeus da Justiça e Indústria, Franco Frattini e Günter Verheugen, referiram que a União Europeia deverá passar de "consumidor a produtor" de tecnologias de segurança. Para isso, os responsáveis apelaram à colaboração entre os governos, empresas e forças de segurança europeias.



O anúncio foi feito em Berlim durante uma conferência proposta pela presidência alemã da UE sobre a investigação na área da segurança, onde ficou acordada a constituição de um Fórum Europeu para a Segurança e Inovação (ESRIF) que ficará operacional a partir de Setembro deste ano, escreve o jornal El Mundo.



Frattini afirma que a UE deve dotar-se de tecnologias necessárias para poder "competir no mercado mundial" e deixar de ser apenas um consumidor de tecnologia fabricada noutro ponto do globo.



Neste sentido, Günter Verheugen, refere que um dos objectivos centrais desta operação será evitar a duplicação de gastos em investigação, como ocorre na área militar onde já são desenvolvidos alguns esforços em matéria de tecnologias de segurança.



O comissário europeu afirma que não quer ver "27 mercados nacionais paralelos como na indústria de armamento. Como contribuintes que são, os cidadãos têm o direito de gozar de soluções mais eficientes".



O mesmo responsável salientou ainda que se mostra receptivo à partilha de tecnologias entre o sector civil e militar e apela a que se ultrapassem as barreiras actualmente existentes na lógica de investigação a nível militar, em que cada país consome os produtos de segurança por si produzidos.



O Sétimo Programa-Quadro de Investigação proposto pela Comissão Europeia é dotado de mais de 50 mil milhões de euros, parte dos quais, revertem a favor da área de segurança.

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