As operadoras de telecomunicações estão a avançar com as redes 5G e os últimos dados da Anacom mostram que, em setembro, o tráfego em 5G já representava mais de 15% de todas as comunicações móveis. Ainda assim, a utilização continua a ser gratuita, sem peso adicional nos tarifários, um período experimental que se mantém desde o lançamento dos serviços ainda em dezembro de 2021. Agora a Vodafone Portugal, a NOS e a MEO decidiram prolongar até 15 de janeiro de 2023 estas borlas.
Desde o início do ano que as três operadoras móveis já no mercado, a MEO, NOS e Vodafone, foram fazendo adiamentos sucessivos da data em começariam a cobrar pelo 5G, depois de um leilão das frequências para o 5G que foi longo e polémico, e pesado para os cofres das seis empresas que garantiram acesso ao espectro.
Os serviços 5G da NOS e da Vodafone foram lançados logo em dezembro de 2021, assim que tiveram acesso às licenças, enquanto a MEO esperou pelo início de janeiro de 2022. Apesar de terem pago milhões de euros pelas licenças e de estarem a avançar com a cobertura de rede e instalação de infraestruturas, as três operadoras ainda não cobraram 1 euro aos seus clientes pelos serviços.
Inicialmente tinha sido definido um período de experiência gratuito que terminava a 31 de janeiro, e que foi alargado até 31 de março, mas depois as operadoras optaram por prolongar até 15 de novembro essas borlas.
Para já, todos os tarifários da MEO, NOS e Vodafone têm acesso sem custos mas a DECO já tinha alertado para o facto de alguns clientes passarem a ter um custo adicional na sua fatura mensal depois deste período gratuito, um valor que deverá rondar os 5 euros.
Para usarem a rede 5G os clientes das três operadoras só precisam de ter um smartphone que suporte a tecnologia e configurar a sua rede como 5G/4G/3G automático.
Falta ainda que três empresas que também entraram no leilão mostrem o seu "jogo" para o 5G. A Dense Air, NOWO e DIXAROBIL ainda estão em fase de preparação das redes e da oferta.
No caso da Dense Air a operadora vai focar os seus serviços no mercado empresarial, enquanto a DIXAROBIL se está a preparar para avançar em Portugal. O caso da NOWO é ainda uma incerteza dado que a Vodafone Portugal avançou com a proposta de compra do negócio da operadora e que isso irá ter impacto nas frequências compradas.
Nota da Redação: a notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 17h28
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