A Digi chegou ao mercado português em novembro, pelo que o último mês do ano, dezembro, foi o primeiro em que os números da Anacom já refletem algum impacto da aguardada entrada da empresa no país. Nos preços gerais das comunicações esse impacto não é propriamente estrondoso, mas nas simulações que o regulador faz a cada mês para encontrar melhor oferta em diferentes tipologias de serviços sim. Os números de dezembro mostram que a Digi teve as propostas mais competitivas em sete das 11 categorias analisadas, revela a Anacom.
Curiosamente, o “concorrente” mais prejudicado com este resultado também “joga em casa”, que é como quem diz, pertence agora ao mesmo grupo. Há muitos meses, que a Nowo consegue vencer com grande avanço a concorrência nesta análise das ofertas mais competitivas, por categorias. A Nowo foi comprada pela Digi antes ainda de a empresa romena iniciar operações oficialmente em Portugal e é já o quarto operador com maior quota de mercado em Portugal, e uma cobertura de serviços mais extensa.
Se forem considerados apenas os quatro principais operadores na análise, como a Anacom costuma fazer, isso nota-se, embora também seja evidente o esforço de outros operadores para promoverem ofertas mais competitivas em termos de preços.
Entre os quatro maiores operadores, as mensalidades mais baixas em dezembro foram oferecidas pela NOWO e pela Vodafone, em cinco dos tipos de ofertas analisados cada uma.
Veja as imagens com a análise da Anacom
Por exemplo, a NOWO apresentou mensalidade mínima mais baixa para as ofertas em pacote triple play (28,75 euros) e quadruple play (36,25 euros), enquanto a Vodafone apresentou a mensalidade mínima mais baixa da oferta quintuple play (61,10 euros). A MEO apresentou as mensalidades mais baixas para dois tipos de serviços/ofertas. A NOS apenas num dos 11 serviços analisados.
Em termos globais, os preços das comunicações em Portugal recuaram 0,5% no mês de dezembro, comparativamente ao mês anterior. Na comparação com o mês homólogo aumentaram 6,7%, o maior crescimento desde junho de 1994 segundo a análise, que tem como referência o respetivo grupo do Índice de Preços do Consumidor (IPC).
Os dados apurados continuam a mostrar uma tendência diferente em Portugal daquela que se verifica no resto da Europa. Nos últimos 12 meses a taxa de variação média dos preços das telecomunicações em Portugal foi 7,2 pontos percentuais superior à verificada na União Europeia, onde a tendência foi de queda (-0,3%).
Portugal voltou, aliás, a registar uma das variações de preços mais elevada da UE, ficando em terceiro lugar no ranking dos países onde os preços mais aumentaram, liderado em dezembro pela Hungria (+12,2%). Os subgrupos onde estas taxas de variação média de preços nos últimos 12 meses foram mais expressivas foram os “serviços em pacote” e os “serviços telefónicos móveis”, respetivamente 5 e 10,6 pontos percentuais, acima da média europeia.
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