Depois do Conselho de Ministros a 5 de junho, o Primeiro Ministro António Costa anunciou que foi aprovado um plano de emergência para a economia nacional. Incluído está um investimento de 400 milhões de euros com vista a combater as desigualdades no acesso dos estudantes e professores à educação à distância.
Em linha com o Plano de Ação para a Transição Digital, aprovado no início de março, e com os objetivos garantidos por António Costa em meados de abril, o Governo compromete-se a reforçar e assegurar a universalização da escola digital.
O investimento servirá para adquirir computadores, equipamentos e licenças de software para as escolas públicas, dando prioridade aos alunos abrangidos por apoios no âmbito da ação social escolar assim como assegurar a cobertura de rede dos estabelecimentos de ensino.
De acordo com a página oficial do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES), a primeira fase do plano inclui também o desenvolvimento de um programa de capacitação digital dos professores e a desmaterialização dos conteúdos e produção de novos recursos digitais.
Apesar de o Governo ter reforçado o ensino básico à distância através de com aulas através da televisão, num modelo de Telescola, e de ter implementado medidas para manter os alunos ligados à escola via online durante o isolamento, as desigualdades permanecem e os directores dos agrupamentos têm reservas quanto ao investimento para o programa Escola Digital.
Em entrevista ao Público, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Directores Escolares, afirmou “eu pago para ver” em resposta ao anúncio de António Costa, sublinhando que o Governo deveria pôr em prática “menos intenções e mais acções”.
Em linha com o responsável, Filinto Lima, presidente da Associação dos Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, indicou que espera que o programa “possa estar no terreno quando os alunos chegarem às escolas” no próximo ano letivo.
Os diretores lembram têm vindo a alertar para a necessidade de um investimento no parque tecnológico. Segundo Manuel Pereira, a maioria das escolas “não têm computadores novos desde o Plano Tecnológico”, lançado no Governo de José Sócrates, oferecendo “equipamentos com menos condições” do que aqueles a que alguns estudantes conseguem aceder em casa.
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