A fase principal do leilão do 5G, que definirá a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, decorre desde 14 de janeiro e promete prolongar-se até que a Anacom altere as regras do processo.

Nas 7 rondas do 83º dia, as licitações atingiram os 298,09 milhões de euros, registando uma subida de 1.057 milhões em relação ao dia anterior. Ao todo, a soma de ambas as fases do leilão resulta num encaixe potencial que ultrapassa os 382 milhões de euros. Por contraste, o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011 situou-se nos 372 milhões.

A faixa dos 3,6 GHz continua a ser a única onde se registam mudanças, uma tendência que se mantém desde 4 de março, altura em que as licitações das operadoras fizeram subir o preço de um dos lotes da faixa dos 2,6 GHz.

Nesta faixa nativa do 5G registam-se hoje aumentos relativos às propostas de 18 dos 40 lotes disponíveis, embora com pequenos aumentos face ao dia anterior. Em relação ao preço de reserva, há uma dinâmica de crescimento que leva a subidas a rondar no máximo os 267%, como é o caso dos lotes J29 e J30.

Recorde-se que a faixa dos 2,1 GHz foi a que mais valorizou durante o processo, com o seu preço a subir mais de 400% face ao valor de reserva. Fora de mudanças, na faixa de 700 MHz, que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT, o preço de licitação mantém-se nos 19,2 milhões de euros, com um dos lotes a não receber qualquer oferta. Na faixa dos 900 MHz, os quatro lotes a leilão também não registaram qualquer alteração face ao preço de reserva.

De acordo com o atual regulamento, o leilão só chegará ao fim quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação e a atribuição das licenças. A demora no processo tornou impossível cumprir o calendário proposto pela entidade reguladora, que queria ter serviços comerciais ainda no primeiro trimestre de 2021.  Porém, operadoras como a MEO, NOS e Vodafone afirmam que estão prontas a avançar e já têm campanhas na rua e projetos de cobertura de recintos culturais e desportivos com redes móveis de quinta geração.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h03)