A Anacom revela que entre 27 de abril a 2 de maio houve uma diminuição de 1% no tráfego de dados e outra de 3% no de voz face à semana anterior aos últimos 7 dias do Estado de Emergência.
Em comparação com o período anterior à pandemia de COVID-19, a entidade registou um aumento de 55% no tráfego de dados. No caso do fixo, verificou-se uma subida de 59%, já no móvel houve uma descida de 3%. Em linha com os dados da semana anterior, a reguladora afirma que 95% do tráfego de dados continua a ser baseado nas redes fixas.
O tráfego de voz aumentou 16%, com o de voz fixa a registar uma subida na ordem dos 24% e o de voz móvel aumentou 15% face ao período pré-pandemia. A Anacom indica que o tráfego de voz móvel foi sete vezes superior ao tráfego de voz fixa.
Durante o período em análise, o tráfego médio semanal por cada utilizador foi de 18 minutos para voz fixa, 62 minutos de voz móvel, 38 GB de dados em fixo e apenas 0,8 GB de dados móveis. De acordo com a Anacom, o número de acessos em local fixo aumentou 0,5% em comparação com período anterior à pandemia, enquanto o número de acessos móveis diminuiu entre 3,7% e 0,8%.
Qual foi o impacto do Estado de Emergência nas comunicações?
A entidade reguladora dá também a conhecer que a evolução do tráfego de voz e dados de comunicações eletrónicas sofreu alterações significativas devido à COVID-19 e às medidas tomadas para evitar a propagação da doença.
Entre 9 e 15 de março, a semana em que a OMS declarou o estado de pandemia e que o Governo e as entidades públicas e privadas começaram a tomar as primeiras medidas de contingência, o tráfego de dados aumentou 24% face à semana anterior, enquanto que o tráfego de voz aumentou 21%.
Já na semana de 16 a 22 de março, quando o Estado de Emergência entrou em vigor, o tráfego voltou a crescer, registando-se um aumento de 16% caso dos dados e de 32 no que respeita à voz. Foi ao longo desta semana que se verificou o volume mais alto de tráfego de voz, explica a Anacom.
A reguladora estima que, em média, o Estado de Emergência causou um impacto na ordem dos 49% por semana no tráfego de dados. O pico foi registado entre 13 e 19 de abril. No que toca à voz, o impacto foi de 41% e, nas semanas seguintes, apresentou uma tendência para diminuir. No entanto, ainda se encontra a cerca de 20% acima do tráfego anterior à pandemia.
A Anacom estima que, em média, o tráfego de dados fixos tenha aumentado 59% em resultado do estado de emergência, enquanto no caso dos dados móveis o impacto foi de 9%. O tráfego de dados móveis cresceu nas primeiras quatro semanas do estado de emergência, descendo mais tarde para valores inferiores ao da semana anterior à declaração de pandemia.
Recorde-se que as três maiores operadoras nacionais ofereceram aos clientes 10 GB de dados móveis no início do período de estado de emergência.
A Anacom elucida que a declaração do Estado de Emergência causou uma queda acentuada no tráfego de encomendas nacionais. Desde então, os valores têm vindo a recuperar, crescendo em média 7% por semana.
No que respeita às encomendas internacionais, houve também uma queda acentuada nas semanas que se seguiram ao à declaração do Estado de emergência. Agora, chegaram a atingir 61% no caso do fluxo de saída e 34% no caso do fluxo de entrada, entanto acima do valor anterior à pandemia.
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