Segundo os dados disponibilizados pela Anacom, no segundo dia de licitações da fase principal tiveram lugar cinco rondas. Em linha com o primeiro dia, os valores aproximam-se dos preços de reserva fixados, embora haja um maior interesse em algumas categorias.
De acordo com os dados que a Anacom acaba de revelar, o valor do espectro disponibilizado nas faixas dos 900 e 1800 MHz mais do que duplicou em relação ao preço inicial de reserva de 42 milhões de euros.
Na faixa dos 1800 MHz, onde o valor mais do que quadruplicou em relação ao preço inicial de 4 milhões de euros, foram licitados três lotes por 17,759 milhões de euros, alcançando ao todo um valor de 53,277 milhões.
Segundo os mais recentes dados da Anacom, foram hoje licitados três lotes na faixa dos 1800 MHz por 16,727 milhões de euros, totalizando 50,181 milhões de euros. Na faixa dos 900 MHz, foi apenas licitado um por 30 milhões de euros, o mesmo valor desde a primeira ronda a 22 de dezembro de 2020.
A Anacom avança que a iniciativa de monitorização da faixa a atribuir às redes de quinta geração será continuada nas próximas semanas e meses no restante território de Portugal continental e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira.
A licitação tem vindo a intensificar-se quanto à faixa dos 1800 MHz, cujo valor dos lotes aumentou significativamente em relação ao preço inicial de 4 milhões de euros. No quinto dia foram licitados três lotes por 15,755 milhões de euros, totalizando 47,265 milhões de euros.
O interesse pela faixa de 1800 MHz mantém-se bem aceso no quarto dia de licitação: ao todo, foram licitados três lotes por 14,84 milhões de euros, totalizando 42,52 milhões de euros. O valor dos lotes nesta faixa já quase quadruplicou em relação ao preço inicial de 4 milhões de euros.
À semelhança do segundo dia, o interesse na faixa de 1800 MHz mantém-se. Embora a licitação pela faixa tivesse como preço base definido os quatro milhões de euros, houve uma subida do mesmo, tendo sido licitados três lotes por 12,426 milhões de euros.
A dona do MEO é a terceira operadora a confirmar a participação no leilão do 5G que hoje termina a fase de qualificação de interessados. Mesmo mantendo fortes críticas ao regulamento, as três operadoras móveis a atuar em Portugal "vão a jogo" no leilão.
A contestação dos operadores em relação ao regulamento do leilão para o 5G tem subido de tom mas a Anacom mantém-se firme da defesa das opções. João Cadete de Matos afirma que "é a concorrência que estimula a inovação" .
A Anacom marcou para esta quinta feira, 5 de novembro, uma conferência de imprensa onde vai revelar o regulamento para o leilão do espectro do 5G. A data de arranque do procedimento não foi divulgada.
“Há uma discriminação significativa e injustificada contra as operadoras já estabelecidas no país e somos obrigados a reconsiderar as nossas operações em Portugal,", afirma Serpil Timuray, CEO da Vodafone Europa, indicando que a operadora poderá não apresentar proposta no leilão das frequências do 5