Lançado oficialmente a 30 de novembro de 2022, o ChatGPT conquistou um milhão de utilizadores em menos de uma semana após a sua estreia. O chatbot da OpenAI rapidamente captou a atenção do mundo, por bons e maus motivos, assim como o interesse das tecnológicas rivais, dando início a um autêntico “boom” do desenvolvimento de soluções baseadas em IA.
O ChatGPT “comemora” o seu primeiro aniversário numa altura em que a OpenAI acaba de sair de uma polémica que, numa questão de dias, viu a saída e eventual regresso de Sam Altman. O CEO regressa agora oficialmente, desta vez com um novo conselho de administração, que conta com a presença da Microsoft, se bem que numa posição de observadora, sem direito de voto, avança a empresa.
Ao longo dos últimos 12 meses, o ChatGPT foi “aprendendo” novas competências, desde logo com a chegada do GPT-4, a mais recente geração do modelo de IA da OpenAI. A introdução do modelo deu ao ChatGPT Plus, a versão paga do chatbot, mais inteligência para resolver problemas complexos, mas também capacidades multimodais, como foco na geração de imagens.
A aplicação mobile do ChatGPT chegou seis meses após o lançamento, primeiro para iOS e depois para Android. De acordo com dados compilados pela Reuters, a app foi bem recebida em ambas as plataformas, mas é no sistema operativo da Google onde se registam mais downloads.
Em agosto, o ChatGPT ganhou uma versão concebida especialmente para empresas e, mais recentemente, durante o primeiro DevDay da OpenAI, foram apresentados os os GPTs, que permitem aos utilizadores criar versões personalizadas do chatbot para propósitos específicos.
Entre as mais recentes funcionalidades a chegarem ao ChatGPT destaca-se também o suporte a conversas por voz que, em novembro, passou a estar disponível para quem usa a versão gratuita do chatbot e que o SAPO TEK já experimentou.
Com o crescimento “explosivo” do ChatGPT, não tardou para que outras tecnológicas avançassem com os seus próprios chatbots alimentados por IA, do Bing Chat da Microsoft, que recentemente passou a chamar-se Copilot, ao Bard da Google, e na galeria que segue, pode ver algumas das opções mais populares.
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É certo que as alternativas ao ChatGPT também têm mostrado o que valem, ganhando “peso” no mercado das soluções com IA. Mas, como mostram dados da SimilarWeb, compilados pela Reuters, o chatbot da OpenAI continua à frente na corrida.
Com a popularidade chega também a controvérsia e, o ChatGPT não é uma excepção à regra. Pouco tempo depois do lançamento, especialistas em cibersegurança já alertavam para o “lado negro” do chatbot e para a possibilidade de ser usado para impulsionar uma nova geração de ataques informáticos.
A par das preocupações com o impacto do ChatGPT na cibersegurança, a desinformação foi outra das áreas onde se levantaram questões e muitos começaram a aperceber-se das grandes mudanças que o chatbot e soluções baseadas em IA trariam para o mundo do trabalho e para a sociedade em geral.
A própria OpenAI viu-se envolvida em vários processos em tribunal, sendo acusada, por exemplo, de violar a privacidade e direitos de autor dos internautas. Ainda em setembro, a empresa foi processada pelo criador de "A Guerra dos Tronos" e outros 16 autores por “roubo sistemático em grande escala".
De ambos os lados do Atlântico, as preocupações foram suficientes para levar a Europa a aprovar novas emendas, que traçam medidas mais “apertadas” requisitos adicionais para serviços como o ChatGPT, no AI Act, e para levar Sam Altman a testemunhar no Congresso dos Estados Unidos.
Entre preocupações, riscos, medidas de controlo mais “apertadas” e a recente crise na liderança da OpenAI é difícil de dizer com certeza o que reserva o futuro para o ChatGPT.
Embora não o mencione diretamente na sua mensagem oficial de regresso, Sam Altman afirma que a empresa vai continuar focada na melhoria e implementação dos seus produtos, para que mais pessoas possam experimentar a tecnologia de IA.
O GPT-5 já está em produção, apesar de não existir uma data para o seu lançamento. Ao que tudo indica será ainda mais sofisticado do que os modelos anteriores, mas, nas palavras de Sam Altman, “ainda existe um longo caminho a percorrer e muita computação para construir".
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