Com a pandemia de COVID-19 o mundo do trabalho mudou. Embora crise de saúde pública tenha acelerado a chegada de novos modelos de trabalho, entre ambientes 100% remotos ou híbridos, as ciberameaças mantém-se e até se têm vindo a tornar cada vez mais sofisticadas, com os cibercriminosos a tentarem adaptar as suas táticas aos novos estilos de vida mais digitais.

Ao SAPO TEK, Angel Fernández, VP Cyber Security, Product Sales and Strategic Partnerships da Allot, relembra que a passagem para ambientes de trabalho mais “caseiros” aumentou a propensão dos trabalhadores remotos para usarem os seus dispositivos pessoais para a comunicação empresarial e de trabalho.

“Telefones, tablets e portáteis são vulneráveis ​​a vírus e ataques. Isto é ainda mais válido para dispositivos pessoais que têm muito mais probabilidade de ficar desprotegidos ou apenas parcialmente protegidos contra ameaças cibernéticas”, detalha o responsável.

As redes domésticas são também “portas digitais” para o mundo do cibercrime e, “com funcionários de grandes corporações a trabalhar a partir de casa”, tornaram-se “alvos muito atrativos para criminosos que desejam aceder a redes e ativos corporativos”.

Olhando para as maiores ciberameaças que as organizações enfrentam, o responsável destaca os ataques de ransomware e de phishing, que têm vindo a crescer de forma preocupante, em particular, com a pandemia de COVID-19. A estas ameaças acrescem ainda ataques DDoS ou de Botnets, que dificultam ou impossibilitam que funcionários e clientes acedam adequadamente os serviços de rede.

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Perante o aumento no número de ciberataques e a crescente sofisticação dos mesmos, “muitas empresas aumentaram a frequência e a urgência das suas campanhas de educação em cibersegurança para ensinar os funcionários a manterem-se seguros, especialmente quando trabalham em casa”, indica Angel Fernández.

Algumas organizações “implementaram ou atualizaram os seus protocolos de acesso a dados para os tornar mais fortes e fáceis de usar ao trabalhar estando fora do escritório” e outras apostaram também em “requisitos de VPN para aceder a serviços críticos e ativos digitais” e em “soluções de filtragem de conteúdo para manter os funcionários longe de conteúdo malicioso, mesmo quando estão em casa”, assim como de “segurança de endpoint para proteger os dispositivos de ataques”.

No entanto, tal como sublinha Angel Fernández, “a saúde cibernética está nas mãos do utilizador final”. “Um utilizador final instruído e consciente é a primeira linha de defesa contra ciberataques”.

Como manter a segurança no regresso ao trabalho?

É certo que várias organizações tomaram medidas para melhorar o seu nível de cibersegurança, assim como o dos seus funcionários que trabalham remotamente. Mas, “a maioria dos trabalhadores que estão em casa ainda é muito vulnerável a ataques cibernéticos” e, para ajudá-los a manterem-se protegidos, Angel Fernández deixa quatro recomendações de segurança fundamentais que pode consultar na galeria que se segue.

Clique nas imagens para saber como se manter protegido na “rentrée”

Já do lado das organizações, o responsável indica que o regresso ao trabalho pode ser uma boa altura para apostarem em força em campanhas de consciencialização em matéria de boas práticas de cibersegurança, dando a todos os funcionários a oportunidade de atualizarem os seus conhecimentos de saúde cibernética.

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Por um lado, “muitas grandes organizações dependem dos fornecedores de serviços de comunicação (CSPs) para pelo menos parte da sua proteção de cibersegurança”, afirma Angel Fernández. Por outro, as pequenas e médias empresas “muitas vezes não têm especialistas e recursos para se protegerem de ameaças cibernéticas”, mas “também podem beneficiar dos serviços de cibersegurança oferecidos pelos seus CSPs”. “Nem todos os CSPs oferecem soluções para PMEs”, mas o responsável indica que vale a pena averiguar.

“Os serviços de cibersegurança CSP podem incluir bloqueios baseados em rede de malware, ataques de phishing e ransomware e outros tipos de vírus e atividades criminosas” e, uma vez que se baseiam em rede, podem “ser uma vantagem útil para pequenas empresas”.

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