Em 2022, a Competition and Markets Authority (CMA), a autoridade da concorrência do Reino Unido, exigiu à Meta que vendesse a Giphy, que tinha adquirido dois anos antes. A empresa liderada por Mark Zuckerberg confirmou que aceitaria a decisão. Agora, a Shutterstock anuncia que entrou em acordo com a tecnológica para comprar a plataforma de GIFs.

Em comunicado à imprensa, a Shutterstock indica que vai pagar 53 milhões de dólares pela Giphy, num negócio que se prevê que esteja concluído já em junho. O acordo assinado pelas empresas prevê que a Meta continuará a ter acesso aos conteúdos da Giphy nas suas plataformas.

Recorde-se que, em maio de 2020, a dona do Facebook tinha comprado a plataforma de GIFs por 400 milhões de dólares. No entanto, no mês seguinte, a CMA decidiu abrir uma investigação ao negócio, afirmando que a tecnológica poderia estar a violar as leis da concorrência.

A empresa deixou claro que não tinha planos para transformar a Giphy num serviço exclusivo e que o ecossistema da plataforma continuaria aberto a todos os utilizadores, criadores de conteúdo e developers.

Regulador britânico exige à casa-mãe do Facebook que venda a Giphy
Regulador britânico exige à casa-mãe do Facebook que venda a Giphy
Ver artigo

Mas tal não foi suficiente para convencer o regulador britânico. Em agosto 2021, a CMA deu a conhecer que, tendo em conta dados provisórios da sua investigação, a compra da Giphy tinha um impacto negativo na concorrência entre as plataformas sociais. Já na altura “pairava” a possibilidade de a dona do Facebook ser obrigada a vender a Giphy.

Ainda em outubro desse ano a autoridade anunciou que ia aplicar uma multa de 50 milhões de libras à Meta por não ter mantido o regulador informado de todas as atividades relacionadas com o negócio e, um mês depois, a CMA voltou a frisar as conclusões da sua investigação, exigindo à Meta que cancelasse o negócio e que vendesse a plataforma.