A aproximar-se rapidamente dos quatro meses de duração, a fase principal do leilão do 5G continua e avançou para o seu 82º dia. Hoje, o dia ficou marcado por sete rondas, com as licitações a atingirem os 297,033 milhões de euros.

O valor representa uma subida de 880 mil euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, já é superior a 381 milhões de euros, superando o preço de reserva fixado pela Anacom e o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011.

Os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom permitem verificar que a única faixa onde se registam mudanças é a dos 3,6 GHz, se bem que com pequenos aumentos face ao dia anterior, uma tendência que a entidade reguladora pretende contrariar através da sua proposta de alteração das regras do leilão.

É possível constatar aumentos em relação às propostas de 18 dos 40 lotes disponíveis. Já em relação ao preço de reserva, há uma dinâmica de crescimento que leva a subidas a rondar no máximo os 259% em relação ao preço de reserva, ultrapassando a valorização registada nos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz.

A única faixa que mais valorizou ao longo do processo foi a dos 2,1 GHz, com o seu preço a subir mais de 400% face ao valor de reserva. O preço de licitação da faixa de 700 MHz continua nos 19,2 milhões de euros, com um dos lotes a não receber qualquer oferta. O mesmo se aplica à faixa de 900 MHz, onde os quatro lotes não registaram alterações face ao preço de reserva.

Com o prolongamento do leilão, Portugal continua a ser um dos três países da União Europeia que ainda não lançou serviços comerciais de 5G. Porém, operadoras como a MEONOS e Vodafone afirmam que estão prontas a avançar e já têm campanhas na rua e projetos de cobertura de recintos culturais e desportivos com redes móveis de quinta geração. Recorde-se que na semana passada a NOS estreou a sua tecnologia 5G na cobertura televisiva do jogo entre o Benfica-Porto.

MEO e Vodafone renovam frequências de 900 e 1800 MHz com obrigação de cobertura de 100 novas freguesias
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Recentemente, a Anacom anunciou a renovação das frequências das faixas 900 MHz e 1800 MHz atribuídas à MEO e Vodafone até ao dia 21 de abril de 2033. A renovação obrigará as empresas a assumirem as novas obrigações impostas pelo regulador de cobertura de 100 freguesias de baixa densidade populacional, disponibilizando um serviço de banda larga móvel com um débito mínimo de 100 Mbps, que contemple, pelo menos, 90% da população, num contrato que surge como uma adição às obrigações já patentes no regulamento ao leilão 5G.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h47)