A fase principal do leilão do 5G, que decorre há quase quatro meses ainda sem um fim à vista, avançou para o seu 81º dia. Nas seis rondas de hoje, as licitações atingiram os 296,135 milhões de euros. O valor representa uma subida de 788 mil euros em relação ao dia anterior.

Ao todo, a soma de ambas as fases do leilão resulta num valor já é superior a 380 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom, assim como o encaixe gerado pelo leilão do 4G em 2011.

A faixa dos 3,6 GHz continua despertar o interesse das operadoras, sendo a única onde se registam mudanças, com subidas em relação às propostas de 14 dos 40 lotes disponíveis, se bem que com pequenos aumentos face ao dia anterior. Em relação ao preço de reserva, há uma dinâmica de crescimento que leva a subidas a rondar no máximo os 259%, ultrapassando a valorização registada nos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz.

Ao que tudo indica, o "braço de ferro" entre operadoras e Anacom promete manter-se, em particular, após a proposta de alteração do regulamento do leilão, que foi recebida negativamente tanto pela Altice Portugal, como a NOS e a Vodafone.

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Porém, operadoras como a MEO, NOS e Vodafone dizem estar prontas a avançar e já têm campanhas na rua e projetos de cobertura de recintos culturais e desportivos com redes móveis de quinta geração. Ainda ontem a NOS estreou a sua tecnologia 5G na cobertura televisiva do jogo entre o Benfica-Porto.

A transmissão televisiva foi feita com recurso a quatro smartphones 5G, duas microcâmaras e duas câmaras profissionais também equipadas com 5G, prometendo trazer a "inovação para o processo de realização e produção da emissão”, indicou a empresa.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com uma correção ao valor das licitações das operadoras.