Nas sete rondas do 111º dia da fase principal do leilão do 5G as licitações alcançaram os 324,79 milhões de euros, numa subida de 572 mil euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 409,141 milhões de euros.
Através dos mais recentes dados disponibilizados pela Anacom é possível verificar que as únicas mudanças surgem na faixa dos 3,6 GHz, sem fugir à tendência dos últimos meses. Hoje contatam-se subidas em relação às propostas de 6 dos 40 lotes disponíveis nesta faixa nativa do 5G.
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Na faixa dos 3,6 GHz, os lotes da categoria J valorizaram mais de 300% em relação ao preço de reserva, destacando-se, por exemplo, o caso do lote J07, que registou uma subida de 341%. Os lotes ultrapassam a valorização dos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz, que estão “parados” desde o 23º e 22º dia, respetivamente. Porém, até agora, a faixa dos 2,1 GHz é aquela que mais aumentou de preço durante a fase principal, valorizando mais de 400%.
O “braço de ferro” entre Anacom e operadores continua, em particular, depois da entidade reguladora ter aprovado uma alteração do regulamento, que prevê a possibilidade de se realizarem 12 rondas diárias de licitações, com a Altice Portugal, a NOS e a Vodafone a reagirem negativamente à decisão.
Na semana passada, durante a comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da audição da Anacom, João Cadete de Matos, presidente da entidade reguladora, garantiu que no dia em que o leilão do 5G terminar "vai ser público tudo aquilo que aconteceu ao longo" do processo e quem utilizou as regras para o prolongar.
Por outro lado, André de Aragão Azevedo, secretário de Estado para a Transição Digital, deu ontem a conhecer que espera que seja "uma questão de semanas" até que o processo do leilão 5G esteja encerrado. Em entrevista à Lusa, o secretário de Estado admitiu que "naturalmente (...) há uma correlação direta entre a disponibilização do 5G e o acelerar" da agenda digital portuguesa.
No entanto, "a agenda digital não se cinge ao tema do 5G", sublinhou. "Nós conseguimos, à data de hoje, com o nível de maturidade, por exemplo, que o 4G tem com aquilo que é também a maturidade das aplicações, das soluções desenvolvidas em cima de 5G, eu não diria que esse é um fator que é inibitório de nós podermos continuar a ser um país de referência em matéria de transição digital", prosseguiu.
No entanto, "naturalmente que não termos essa dimensão [5G] nos pode a prazo condicionar em termos de agenda digital", referiu. "O que eu gostaria, em particular, é que, de facto, o processo terminasse tão rápido quanto possível para que possamos disponibilizar ao mercado" a quinta geração, acrescentou André de Aragão Azevedo.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h58)
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