A Google terá comprado a Raxium, um startup que fabrica tecnologia para ecrãs MicroLED. O valor do negócio não é conhecido, mas estima-se que a gigante da internet vá pagar cerca de mil milhões de dólares para concretizar o negócio, segundo o site The Information, que avançou a notícia.
A compra da Raxium é encarada como uma aposta renovada da empresa na realidade mistas, onde foi uma das primeiras Big Tech a mostrar interesse, mas sem grande sucesso nos resultados, até à data.
A Raxium ainda não tem produtos no mercado, mas criou um novo processo de fabrico para a tecnologia que se espera venha a ser a próxima grande tendência em ecrãs de óculos inteligentes, o MicroLED. Assenta em diodos emissores de luz de 100 micrômetros, que vão permitir criar produtos mais leves e mais compactos, sem perder qualidade, com custos de produção mais baixos e boa eficiência energética.
A tecnologia mais usada nestes dispositivos é hoje a OLED, mas tem limitações, nomeadamente para a utilização em ambientes com muita luz, como explicou Guillaume Chansin, analista da Display Supply Chain Consultants, em declarações à News.com.
O mesmo responsável acrescenta que a tecnologia MicroLED, além de comportar alta resolução, tem uma performance elevada ao nível do contraste e brilho, o que a está a tornar estratégica para as empresas que querem estar no mercado de óculos inteligentes, usados em ambientes exteriores. A tecnologia MicroLED já é também usada em televisores topo de gama. A Samsung é uma das marcas com vários modelos e uma aposta assumidamente forte na tecnologia.
A realidade aumentada e realidade virtual são já uma aposta forte de outras grandes tecnológicas, como a Microsoft - que tem os HoloLens ou a Meta, dona dos Oculus Quest, agora Meta Quest. A Apple ainda não tem uma oferta nesta área, mas os rumores de que vai ter são muitos e detalhes não faltam. Os últimos indicam que o lançamento acontece ainda este ano.
Neste grupo, a Meta foi uma das primeiras a trabalhar com MicroLED. Tem uma parceria com uma empresa que desenvolve esta tecnologia, a Plessy, desde 2020. A Apple também já terá feito aquisições na mesma área e a Xiaomi já mostrou uns óculos conceptuais com a tecnologia.
A Google, por seu lado, já fez diferentes investidas no mercado da realidade virtual e aumentada. Em 2013, lançou os Google Glass, primeiro para programadores, um ano mais tarde para o público, que acabaram por não ter o sucesso desejado. Em 2015, os óculos de realidade aumentada ganharam uma versão 2.0 e foram reposicionados para o mercado empresarial.
Na realidade virtual, é da empresa o conceito Cardboard, que deixou de ser vendido há cerca de um ano. Era um dispositivo de realidade virtual de baixo custo, vendido com módulos de cartão que permitiam montar uma espécie de óculos.
Em 2020 comprou a North Inc, startup que desenvolveu uma tecnologia que permite acoplar um projetor para ver conteúdos à armação de um headset de realidade aumentada. Mais recentemente, soube-se que estará a trabalhar no projeto Iris, garantem rumores, um dispositivo de realidade aumentada que deverá ser lançado em 2024.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Imagens de satélite mostram impacto das cheias em Espanha e ajudam a salvar vidas -
App do dia
O seu telefone é “esperto” o suficiente? A app Geekbench AI quer servir como tira-teimas -
Site do dia
Tem boa capacidade de observação? Então tente encontrar as personagens em i-Spy -
How to TEK
4 dicas rápidas para tirar partido do iPad e tornar-se mais produtivo
Comentários