O mundo da internet ainda gira à volta das redes sociais, pelo menos para a grande maioria das pessoas. Um estudo da Marktest  indica que os jovens com idades entre os 15 os 24 anos passam, em média, 141 minutos por dia em redes sociais, o equivalente a 2h21 minutos todos os dias.

Instagram é a rede social mais popular nesta faixa etária enquanto o Facebook, que em termos globais continua a liderar em popularidade em Portugal, cai para terceiro (89,4%), no ranking dos serviços mais usados neste universo, depois do Instagram (94,1%) e do WhatsApp, numa altura em que o smartphone já é dominante como meio de acesso à internet.

A popularidade das redes sociais parece não diminuir, embora a fidelidade vá mudando de serviço e surjam novas propostas, como a BeReal, que tentam refrescar conceitos. O TikTok ganha cada vez mais espaço e tempo de ecrã, mas a empresa está na mira das autoridades depois de estudos que indicam que são recomendados conteúdos violentos mesmo aos mais novos. Vários Estados norte americanos já proibiram a app nos smartphones dos seus funcionários.

É também o roubo de dados e a dificuldade de moderar os conteúdos de forma clara que tem jogado contra a Meta, no Facebook, WhatsApp e Instagram. A empresa tem sido visada em vários processos e destaca-se pela negativa, enfrentando coimas pesadas como a imposta pela Irlanda ao Instagram devido à violação da privacidade das crianças.

Para regular esta área a União Europeia aprovou este ano dois pacotes legislativos, a Lei dos Serviços Digitais e a Lei dos Mercados Digitais, procurando fazer com que tudo o que é ilegal offline seja também ilegal online, e as autoridades têm estado atentas às Big Tech, ameaçando com coimas elevadas.

Elon Musk e a deriva do Twitter

O multimilionário não é uma personagem consensual. Há uma clara clivagem entre os que o idolatram como um Deus e os que o abominam como o demónio dos tempos modernos. E nos últimos meses este grupo tem ganho força. As ideias extravagantes de Elon Musk têm dado muitos títulos e posts nas redes sociais, onde é um utilizador ávido, mas as conquistas na Tesla e na SpaceX colocavam o empreendedor numa posição de “goodwill” que acabou por perder com a compra do Twitter, especialmente pelas declarações que foi fazendo ainda antes de concluir a aquisição.

A compra foi oficializada a 28 de outubro, na sequência de meses de negociações, após o dia em que entrou na sede da empresa com um lavatório nas mãos, e depois disso foi sempre a descer. Não faltaram memes para retratar o ridículo da situação

Medidas contraditórias, despedimentos e ultimatos aos funcionários, decisões de readmitir algumas contas que tinham sido banidas, incluindo a de Donald Trump, assim como a mudança de políticas e práticas da rede social, acabaram por afastar muitos dos utilizadores que se mudaram para outras redes, em especial para o Mastodon.

O Twitter já terá perdido mais de 2,5 milhões de utilizadores. Dados divulgados pela Mastodon ajudam a perceber o impacto desta tendência de fuga de utilizadores do Twitter  para redes sociais do Fediverso

Pelo meio o inquérito sobre se deveria deixar de ser CEO do Twitter, em que a maioria votou sim. Elon Musk admitiu que cumprirá o que prometeu, ficando para já só a tomar conta da parte técnica, até arranjar um “tolo suficiente” para liderar a empresa.

Este é mais um dos capítulos que está longe de poder ser considerado encerrado e 2023 trará certamente muito mais novidades a esta “novela”.

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