A mais recente rede social da Meta completa hoje ano de vida, e depois de uma subida acentuada no número de utilizadores nos primeiros dias, a Threads ainda não conseguiu duplicar esse indicador, mesmo com o incentivo sempre presente aos utilizadores do Facebook e Instagram. A app tem por objetivo a partilha de ideias e tendências em texto, em lugar de fotos e vídeos, incentivando a comunidade a criar Threads para discutir todos os assuntos da atualidade ou tendências.

Quando foi anunciada, Mark Zuckerberg assumiu que seria um concorrente do Twitter que estava em “modo revolução” com Elon Musk a mudar muitas políticas da rede social. A declaração gerou naturalmente polémica e deu lugar àquele que deverá entrar para a história como um dos mais momentos mais caricatos do mundo da tecnologia, com um desafio de um combate entre os líderes das duas empresas

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Depois de ter registado 100 milhões de utilizadores apenas nos primeiros dias após o lançamento em julho de 2023, o crescimento do número de utilizadores da Threads abrandou com o tempo. Esta quarta-feira, Mark Zuckerberg, líder da Meta, anunciou que a rede tem agora mais de 175 milhões de utilizadores ativos mensais. Em abril tinha revelado que o Threads contava com mais de 150 milhões de utilizadores ativos mensais, mais 20 milhões do que em fevereiro.

Os analistas assinalam que a rede não é tão noticiosa como o Twitter, entretanto renomeado X, nem tão aberta como as redes Mastodon or Bluesky, pelo menos para já, Outros afirmam que parte do sucesso do Threads está relacionado com a integração e promoção no Instagram.

Veja na galeria imagens da Threads da Meta:

A partir da recolha de informação junto dos utilizadores, a Threads tem adicionado novas funcionalidades a bom ritmo. Desde o lançamento, e antes de chegar à Europa o que só aconteceu em dezembro de 2023, foi acrescentada uma web app,  funcionalidades para responder a citações e para as desativar, e também um interface para desktop parecido com o do Twitter. Quem não gostou das semelhanças foi a empresa de Elon Musk que chegou a ameaça levar Meta a tribunal por apropriação de propriedade intelectual.

Outras funcionalidades incluem a integração com o Fediverse, podendo partilhar mensagens nessa aplicação. Os utilizadores podem também ver, gostar e responder no Fediverse, mas ainda não podem seguir utilizadores de outros servidores.

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A relação entre as duas redes sociais da Meta, Instagram e Threads, esteve sob escrutínio desde o lançamento. Inicialmente a base de utilizadores do Threads foi construída através da integração no Instagram, no entanto, a empresa decidiu cortar os laços entre as aplicações.

Na altura do lançamento, um perfil no Threads estava completamente ligado à respetiva conta do Instagram. Por isso, não era possível apagar o perfil sem apagar a conta do Instagram. Mais tarde, a Meta passou a permitir aos utilizadores desativar ou eliminar uma conta Threads, não sendo ainda possível criar um perfil separado de uma conta do Instagram. Pelo contrário, ainda não há forma de enviar mensagens diretas aos contactos, a menos que o façam através do Instagram.

Os dados mais recentes sobre a Threads, anunciados esta semana por Mark Zuckerberg, revelam que a maioria das pessoas usa o Threads para ler e não ver imagens, referindo que 63% das publicações no Threads são apenas texto. De qualquer modo, uma em cada quatro publicações inclui pelo menos uma imagem.

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Desde o lançamento, ficou iminente um combate numa jaula entre Mark Zuckerberg e Elon Musk, adiado ad eternum. No final do ano passado, o patrão do Meta acusava o seu rival de não estar a levar o combate a sério. Enquanto o multimilionário da SpaceX, alegava que Mark Zuckerberg se havia recusado a lutar nas localizações propostas, incluindo o Coliseu de Roma. Esta última localização nem sequer foi aprovada pelo governo italiano.

Recorde os memes que surgiram na altura sobre o “possível” combate entre Elon Musk e Mark Zuckerberg