O presidente da Anacom afirma que o leilão de 5G cumpriu todos os objetivos, indicando que com a conclusão do procedimento “existem condições para alterar a atual situação” do mercado de telecomunicações em Portugal e permitir a entrada de novos players.
A abertura de um concurso internacional para operadores de internet fixa e móvel alargarem a cobertura no interior do país, e o regulador das telecomunicações recolher informação atualizada sobre essa cobertura, foi definida por despacho do Governo hoje publicado.
O presidente executivo da Altice Portugal afirmou hoje que, apesar do leilão 5G ter terminado, os processos judiciais, as impugnações e os processos junto da Comissão Europeia continuam, porque a operadora tem a "convicção plena" que tem razão.
Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, defende que, ao contrário do que a Anacom tinha dado a conhecer ainda ontem, a responsabilidade pelo arranque dos serviços 5G em Portugal pertence ao regulador e não aos operadores.
As operadoras têm confirmado que estão prontas para avançar com o 5G e do lado da Anacom a garantia é que "nas próximas semanas" serão cumpridos os regulamentos e procedimentos para atribuição das licenças.
Cadete de Matos tinha prometido no final do leilão tornar público de quem era a responsabilidade do arrastamento do leilão. O presidente da Anacom lembrou os ataques de que foi alvo e diz que se vai manter nesta missão. "Nunca ponderei demitir-me".
Terminou ontem o mais longo leilão de que há memória para licitação do espectro de comunicações, um processo envolto em polémica e contestação mas que cumpre objetivos de garantir mais concorrência no mercado e mais do que duplica o encaixe para o Estado com as licenças do 5G.
Depois de 1.727 rondas e mais de 9 meses, está concluído o Leilão 5G. Seis empresas adquiriam espectro e o encaixe potencial para o Estado é de 566,8 milhões de euros.
As licitações da fase principal totalizaram hoje 478,936 milhões de euros. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta num encaixe potencial de 563,287 milhões de euros.
Hoje, as licitações da fase principal do leilão do 5G registaram uma subida de mais de 5,8 milhões de euros. Sem fugir à tendência que se tem vindo a verificar, o interesse dos operadores voltou a centrar-se na categoria J da faixa dos 3,6 GHz.
Em setembro, Portugal manteve-se na lista dos países da Europa com maiores descidas de preços nas comunicações, ocupando o sétimo lugar no que diz respeito aos serviços em internet fixa.
Durante um recente debate na Assembleia da República, António Costa afirmou que a longa duração do leilão, que ainda não tem um fim claro à vista, está a atrasar significativamente o desenvolvimento de redes de quinta geração móvel em Portugal, criticando a atuação da Anacom.
O encaixe potencial com as licenças de 5G continua a crescer e já ultrapassa os 527 milhões. Hoje as licitações cresceram 5,28 milhões e as faixas dos 3,6 GHz continuam a dominar o interesse, valorizando já 670%.
A questão está na base de um regulamento onde se define a metodologia de cálculo de custos com a prestação do serviço e que a Anacom está a desenvolver. Para já abriu espaço para o envio de contributos e sugestões.
Novos dados da Anacom dão a conhecer também que do total de 6.835 clientes de serviços de comunicações que recorreram a medidas de proteção no contexto da pandemia de COVID-19, 3.676 beneficiaram de alguma das garantias previstas na Lei, menos 8% do que no ano anterior.
Hoje, as licitações da fase principal do leilão do 5G, centradas na categoria J da faixa dos 3,6 GHz, registam um aumento de mais de 5 milhões de euros, com um valor total que sobe acima dos 437 milhões de euros.
As licitações do 192º dia totalizaram 432,324 milhões de euros, com uma subida de 10% e outras 11 de 5% nas propostas na categoria J da faixa dos 3,6 GHz. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 516,675 milhões de euros.
Nove meses depois do arranque da fase principal continua a ser difícil explicar porque demora tanto o leilão do 5G e porque razão não há ainda serviços para os consumidores e empresas, colocando Portugal na cauda da Europa. Ainda assim, ninguém arrisca uma previsão para a atribuição das licenças.
A Anacom realizou testes nos comboios de longa distância da CP e concluiu que o desempenho do serviço de voz é fraco e que as transferências de dados são razoáveis. Obrigações do leilão 5G obrigam à melhoria da cobertura dos itinerários ferroviários.
O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, garantiu hoje que a quinta geração de comunicações móveis, o 5G, vai atingir em 2025 a “cobertura plena” em Portugal.