No seu discurso do Estado da União, Ursula Von der Leyen sublinhou o papel das competências digitais no processo de recuperação da União Europeia. E, porque “não há digital sem chips”, Bruxelas pretende apresentar o European Chips Act para cumprir as metas da “Bússola Digital”.
No evento Intel Accelerated, a fabricante norte-americana revelou o seu novo plano para recuperar a liderança do mercado de produção de chips através da introdução de novas tecnologias e de parcerias com empresas como a Qualcomm e a Amazon.
Os stocks de componentes das principais fabricantes estão a chegar ao fim, arriscando a limitação no lançamento de novos produtos. Com o aumento de preço dos componentes, também as fabricantes começaram a aumentar o preço dos smartphones.
Não só quer reduzir a sua dependência tecnológica na indústria, mas aumentar a sua quota da produção global de chips para 20% até 2030. Os dados, Edge e cloud são outros sectores tecnológicos que a União Europeia quer liderar.
O pacote de investimentos de 190 mil milhões de dólares para reforçar a competitividade da economia norte-americana em várias áreas foi aprovado por republicanos e democratas. Dele faz parte um bolo de 52 mil milhões de dólares para produzir mais chips no país e depender menos da China.
As gigantes tecnológicas uniram-se num lobby para pedir subsídios para superar a escassez de componentes e semicondutores e evitar as perdas previstas nas vendas.
O CEO da Nokia afirma que esta crise poderá mesmo atrasar o desenvolvimento do 5G nos próximos anos. As fabricantes esperam "remendar" falta de stock com um aumento de produção e até regressar aos chips de anteriores gerações para clientes específicos.
Para Mark Liu, presidente executivo da TSMC, as incertezas em torno da relação entre os Estados Unidos e a China levaram a mudanças nas cadeias de produção. O responsável defende que a resolução da “crise dos chips” vai depender muito do futuro das negociações entre os dois países.
Há uma nova lei em marcha, uma revisão da cadeia de abastecimento à indústria nacional de semicondutores e procuram-se novas geografias para produzir os componentes que os EUA não fazem.
A decisão surge após Donald Trump ter assinado uma nova ordem executiva que impede a realização de investimentos em empresas acusadas de terem ligações ao exército chinês.
Perante as crescentes tensões com os Estados Unidos, a China quer reduzir a sua dependência de tecnologia importada, incluindo chips e semicondutores, modernizar a cadeia industrial e de abastecimento e acelerar o seu processo de digitalização.
As empresas norte-americanas terão mesmo de pedir uma licença para realizar negócios com a Semiconductor Manufacturing International Corporation. A decisão do governo dos EUA está a ter impacto na cotação da fabricante na bolsa de valores, fazendo com que as suas ações registassem uma queda de 7,9%.
Depois das alegadas conversações com o governo norte-americano, a principal fornecedora de chips de empresas como a Apple pretende avançar com a construção já em 2021 no Estado do Arizona.
O executivo americano quer diminuir a dependência do país nos semicondutores e processadores fabricados na Ásia e incentiva diferentes tecnológicas a investirem nos Estados Unidos.