Quase uma semana depois do lançamento histórico da Crew Dragon com destino à Estação Espacial Internacional, o Falcon 9 volta ao “trabalho” para enviar mais uma remessa de 60 satélites para a constelação Starlink. Na data em que se assinalam 10 anos desde o seu voo de estreia, o foguetão reutilizável da SpaceX voltou a partir com sucesso do Cabo Canaveral, na Florida, elevando o número de satélites em órbita para 480.
O impacto da constelação Starlink no céu tem sido alvo de controvérsia entre a comunidade de astrónomos devido à “poluição” visual que está a causar na observação espacial. Elon Musk já terá demonstrado vontade de cooperar com a comunidade científica para encontrar soluções, e a empresa testou no novo lançamento um sistema que tem em vista a redução do nível de luminosidade dos satélites.
Um dos 60 satélites da SpaceX contou com um sistema de visores que funciona como uma espécie de “guarda-sol” espacial, impedindo que a luz solar seja refletida. Se tudo correr como planeado, o design passará a ser utilizado em todos os equipamentos que serão enviados para a constelação.
O lançamento incluiu a quinta aterragem do primeiro estágio reutilizável do Falcon 9, que anteriormente já tinha sido usado e recuperado quatro vezes, na plataforma “Just read the instructions”.
Falcon 9: Uma década de história
O Falcon 9 começou a sua “carreira” em 2010 e, em maio de 2012, a SpaceX lançava-o com sucesso com o objetivo de reabastecer a Estação Espacial Internacional. Mais tarde, a empresa liderada por Elon Musk começou a sua saga de tentativas de recuperação de foguetões para futura reutilização, com a intenção de dar início a toda uma nova era espacial mais “em conta”.
Depois de numa primeira tentativa em que o foguetão quase aterrou numa plataforma no meio do mar, mas acabou por se despenhar, a SpaceX não conseguiu fazer melhor à segunda vez, com o rocket a afundar-se no oceano, e ao contrário do popular ditado, nem à terceira foi de vez. Mas a cada tentativa que passava o objetivo da empresa em ter foguetões reutilizáveis ficava mais próximo.
A tentativa seguinte, a 28 de junho de 2015, correu mal logo no lançamento, com a explosão a acontecer apenas 139 segundos após o Falcon 9 ter deixado de tocar o solo. A empresa de Elon Musk conseguiria recuperá-lo depois de este ter estado a 100 quilómetros do solo terrestre em dezembro do mesmo ano.
Em 2016 o foguetão reutilizável continuou a marcar a atualidade, com alguns percalços pelo caminho. A SpaceX voltou aos lançamentos logo no início de 2017, após ter terminado 2016 de forma "explosiva". Depois de uma primeira marcação, o regresso dos Falcon 9 “aos ares” deu-se em meados de janeiro.
No final de março de 2017 as atenções voltaram a virar-se para a sua SpaceX, que escreveu um novo capítulo na história da exploração espacial ao aterrar um foguetão já usado. Um Falcon 9 que já tinha sido utilizado em 2016 foi lançado e aterrado em segurança, num feito que garantiu a redução de custos nas missões espaciais, e que voltou a ser repetido até hoje.
Além de ser utilizado para enviar as remessas de satélites que farão parte da constelação Starlink, o ambicioso projeto promete atingir a meta dos 42.000 equipamentos em órbita para criar um serviço de cobertura de Internet a nível global, o Falcon 9 fez parte da recente missão histórica da SpaceX.
Depois do cancelamento do lançamento da missão comercial devido ao mau tempo, a missão que une a SpaceX e a NASA partiu para o Espaço, recuperando a partida de astronautas do território norte americano, o que já não acontecia desde 2011 com o fim do Space Shuttle.
Concluido o lançamento, a Crew Dragon separou-se autonomamente da Estação com os dois astronautas a bordo, e o Falcon 9 reentrou na atmosfera da Terra e aterrou na costa atlântica, perto da Flórida, onde foi recolhido pela equipa da SpaceX Go Navigator, regressando a Cabo Canaveral.
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