De uma pequena empresa de software fundada por dois amigos de infância a 4 de abril de 1975, a Microsoft tornou-se uma das icónicas gigantes tecnológicas norte-americanas. No dia em que a empresa “sopra” 45 velas, o SAPO TEK reuniu alguns dos momentos que marcaram a história da tecnológica, seja pela positiva ou pela negativa.

Antes de se tornar na tecnológica mais conhecida pelo sistema operativo Windows, e até de ser oficialmente fundada, a empresa criada por Bill Gates e Paul Allen chamava-se Traf-O-Data. A partir de 1975, a companhia especializou-se em software para computadores e o seu primeiro produto foi uma versão da linguagem de programação BASIC para o Altair 8800.

O MS-DOS, a criação que seria a “pedra basilar” do castelo da Microsoft, só viria a surgir em 1981, sendo o sistema operativo do primeiro computador da IBM. Desde então muito se passou e, a par e passo, a Microsoft foi marcando presença no software e também no hardware, com algumas tentativas falhadas pelo caminho.

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As “cadeiras” da liderança também mudaram ao longo do tempo e, logo no virar do milénio, Bill Gates deixa a presidência e passa-a a Steve Ballmer, que se tornou no CEO. 14 anos mais tarde, Satya Nadella passa a ser o chefe executivo da empresa, apontando Brad Smith como Presidente em 2015. Recentemente, Bill Gates, o fundador histórico e a "cara" da empresa, deixou o Conselho de Administração, passando a ser apenas consultor de tecnologia do atual CEO.

Windows ainda é sinónimo de PC

Embora só tenha chegado oficialmente a 20 de novembro de 1985, o sistema operativo Windows foi anunciado como conceito em 1983. Na altura, os mais céticos acreditavam que a ideia não era mais do que “vaporware”. Hoje, o sistema operativo pode ser encontrado em quase três quartos de todos os computadores mundiais.

De acordo com os mais recentes dados da StatCounter, alinhados pela Statista, cerca de 73% da “população” mundial de PCs tem como sistema operativo alguma das versões do Windows. Em comparação,  apenas 16,7 % dos computadores usam o macOS,  o “rival” da Apple. O Linux soma 1,8%, abaixo dos sistemas operativos móveis iOS e Android.

Percentagem de computadores mundiais que usam o Windows
Percentagem de computadores mundiais que usam o Windows créditos: Statista

O Windows 95 ficou na história como uma das versões mais emblemáticas do sistema operativo. Lançado em 24 de agosto de 1995, as vendas atingiram um valor recorde de 7 milhões de cópias apenas nas cinco primeiras semanas, tudo graças a uma campanha de marketing de 300 milhões de dólares.

Ao som Start Me Up dos Rolling Stones, os utilizadores ficaram a conhecer pela primeira vez o ícone do botão “Iniciar, assim como o respetivo menu, a barra de tarefas e os botões minimizar, maximizar e fechar em todas as janelas.

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Em outubro de 2001, foi lançada aquela que é considerada por muitos como uma das melhores versões do Windows: o XP. O sistema operativo foi também o que mais tempo esteve “no ativo”, com três grandes atualizações e suporte até abril de 2014.

O Windows Vista chegava em 2007 com grandes promessas e muitos bugs pelo caminho. Três anos mais tarde, o Windows 7 veio substituí-lo e “limpar” a má imagem do predecessor. Durante muito tempo, acabou por ser uma das versões mais populares do sistema operativo da Microsoft e, mesmo quando o seu suporte de vida acabou, ainda era utilizado em 26,6% de todos os computadores em todo o mundo.

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Depois de uma experiência radical e polémica que pretendia agradar a gregos e troianos com o Windows 8, surgiu a versão 8.1 e, mais tarde, um salto diretamente para a 10. O primeiro lugar do “pódio” da populariedade dos sistemas operativos da Microsoft é ocupado atualmente pela versão mais recente, contando com 54,6% da quota de mercado mundial.

Há mais vida além do Windows

Além da grande aposta no desenvolvimento do sistema operativo, a Microsoft também se dedicou a uma série de outras soluções ao longo dos seus 45 anos de história. Desde a popular suite de produtividade do Office, passando pelo Paint até ao seu próprio browser.

Ainda no advento da Internet como a conhecemos hoje, a empresa lançou o Internet Explorer: aquele que ficou conhecido como uma das primeiras portas de entrada de muitos utilizadores à WWW. Em 2015, a Microsoft anunciava que o IE tinha os dias contados e que surgiria em breve uma versão alternativa.

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O Microsoft Edge queria ser o concorrente direto do Google Chrome. No entanto, em 2018, a tecnológica admitiu o fracasso e focou-se na produção do  “irmão” do Chrome como browser nativo do Windows 10. O novo e melhorado Edge surgiu em 2020, passando a estar disponível em mais de 90 línguas para Windows 7, 8 e 10, assim como para macOS e até para Android e iOS.

Ainda a propósito das rivalidades entre a Microsoft e a Google, o Bing foi a resposta da empresa à popularidade do motor de busca da tecnológica de Mountain View. Anunciado em 2009, o Bing continua a viver, mas muito na sombra da popularidade do Google, mesmo depois de algumas campanhas para tentar aumentar a sua quota nas pesquisas online.

Experiências no hardware que resultaram nos Surface

Mas para lá do software, a gigante de Redmond também quis marcar presença no mundo do hardware, que o diga a Xbox, lançada bem no virar do milénio e que hoje ainda continua bem assente no mercado do gaming. O Zune foi outra das tentativas da Microsoft. Contudo, a linha de leitores multimédia criada em 2006 para fazer frente ao iPod Touch da Apple acabou por não ir muito longe, sendo descontinuada em 2011.

Em 2012, a Microsoft propôs-se  “reinventar” o conceito de tablet, em resposta à popularidade do iPad, e lançou o Surface. Embora alguns não levassem muito a sério o “iPad Killer”, a Microsoft manteve a aposta no hardware e, meses após o lançamento do tablet, Steve Ballmer, antigo CEO da empresa, deixou a promessa de que a gigante tecnológica continuaria a lançar novos dispositivos de hardware.

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O prometido foi cumprido e, ainda em 2019, a empresa estendeu o portfólio da gama Surface com novos modelos, assumido um peso cada vez mais importante no mix de produtos da Microsoft. Mas a tecnológica não se ficou por aí, pois para ela o futuro chama-se Surface Neo e Surface Duo. A mistura entre smartphone e tablet flexível veio lembrar que a empresa não se esqueceu da aposta no mercado dos telemóveis, mesmo depois da “morte” da plataforma do Windows Phone e do negócio falhado com a Nokia.

Muito mais havia para contar nos 45 anos da história da Microsoft, até porque os últimos 20 anos já acompanhámos no dia a dia aqui no SAPO TEK, que este ano assinala o 20º aniversário. E contamos estar cá para acompanhar as próximas décadas da Microsoft e a inovação que trará!